Dia Nacional de Luta expõe abusos do Bradesco e fortalece resistência dos bancários de Alagoas

 

Lucros bilionários, demissões e ataques à categoria expõem contradições do gigante financeiro 

 

Na manhã desta quarta-feira (19), o Sindicato deixou claro, mais uma vez, que categoria organizada nenhum banco engole. Em unidade com o movimento nacional, a entidade realizou paralisação parcial até às 12h nas agências do Centro e Jaraguá, transformando as portas do Bradesco em um grande espaço de denúncia e resistência contra os ataques promovidos pelo banco.

Com o mote que ressoou em todo o país  "Quem tá com o Sindicato, o banco não engole!",  os bancários reforçaram que o Dia Nacional de Luta não é apenas uma data simbólica, mas uma resposta direta à escalada de abusos praticados pelo Bradesco, que insiste em operar uma política de extermínio de postos de trabalho, precarização do atendimento e desmonte do que resta de dignidade laboral.

Enquanto promove cortes, o banco segue nadando em dinheiro. Só no terceiro trimestre, o Bradesco anunciou lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões, um crescimento de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Uma fortuna construída à custa da intensificação do trabalho, da redução do quadro de pessoal e da transformação dos funcionários em peças de reposição descartáveis.

Apesar do lucro astronômico, o banco continua fechando agências, abandonando comunidades inteiras e empurrando clientes para o autoatendimento, enquanto exaure os trabalhadores que ainda permanecem na linha de frente, submetidos a metas inalcançáveis, pressão constante e insegurança total.

"O que vemos é um banco que nada em lucro, mas que insiste em tratar os trabalhadores como descartáveis. A cada trimestre, o Bradesco reafirma que o capital vale mais do que a vida de quem produz a riqueza. Nossa mobilização tem um objetivo claro, denunciar nacionalmente as práticas do Bradesco e reafirmar que a categoria não aceitará retrocessos. Aqui em Alagoas, a resposta veio firme, organizada e combativa, mostrando que quando o Sindicato chama, a categoria responde", afirmou o presidente Thyago Miranda.

Na ocasião os dirigentes distribuíram um informativo expondo, sem rodeios, as práticas abusivas que o banco tenta esconder nos bastidores. Para ampliar o impacto, um grupo de teatro levou às ruas uma intervenção artística que arrancou a atenção da população, encenando, de forma contundente, as táticas perversas do Bradesco, como cortes sucessivos, demissões frias, metas desumanas e o abandono de regiões inteiras com o fechamento das unidades.

Durante o ato, o diretor Juan Gonzalez destacou que o movimento nacional expressa a indignação acumulada pela categoria, que se recusa a permanecer em silêncio diante da política destrutiva do banco.

"Quando um banco do tamanho do Bradesco fecha agências e demite, ele não está apenas atacando trabalhadores, está atacando cidades inteiras. Hoje mostramos que não vamos silenciar diante dessa política cruel. A luta está só começando", afirmou o dirigente.

O Dia Nacional de Luta deixou um recado inequívoco, se o Bradesco insiste em atacar, a categoria responde com organização, coragem e mobilização.

 

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