Bancários de Alagoas intensificam luta no Dia Nacional de Mobilização no Banco do Brasil, com foco na defesa da saúde mental da categoria
Manifestação denuncia metas abusivas, sobrecarga, assédio moral e o crescente adoecimento psíquico no ambiente do BB. Categoria exige respeito, concursos públicos e valorização do trabalho humano
Na manhã desta quarta-feira (05/11), o Sindicato intensificou a mobilização durante o Dia Nacional de Luta no Banco do Brasil, com ato na agência da Rua do Livramento, no Centro de Maceió, além de visitas a outras unidades ao longo do dia. A iniciativa é parte de uma mobilização nacional que reúne trabalhadoras e trabalhadores de todo o país em defesa do caráter público do BB, dos direitos históricos da categoria e, principalmente, da saúde mental das bancárias e bancários, que vêm sendo profundamente afetadas e afetados pelo modelo de gestão baseado em metas abusivas e pressão constante.
De acordo com o presidente Thyago Miranda, Sindicatos de todo país têm recebido um número alarmante de denúncias de adoecimento emocional e psicológico, decorrentes da pressão permanente, metas irreais e práticas de assédio moral institucionalizado.
“;O atual modelo de gestão transforma o trabalho bancário em um ambiente de estresse contínuo. A redução de pessoal, aliada à cobrança implacável, empurra colegas ao limite. ,É um projeto que adoece, fragiliza e compromete seriamente a saúde mental de quem trabalha”;,ressaltou.
Thyago reforça que o Banco do Brasil, enquanto instituição pública deve priorizar o desenvolvimento do país e o bem-estar das pessoas. "Não aceitaremos uma gestão que trata pessoas como números descartáveis. A nossa luta é pela vida, pela saúde e pelo respeito. Nenhum resultado pode ser construído à custa de sofrimento humano".
Durante o ato, o Sindicato distribuiu o Jornal Espelho, reunindo relatos, denúncias e dados que comprovam que as metas impostas pela direção do BB não têm compromisso com a realidade das agências, nem com a saúde mental de seus trabalhadores, tampouco com a qualidade do atendimento à população. O que já foi referência nacional em excelência e eficiência hoje enfrenta um processo de precarização acelerada, no qual o lucro é colocado acima das pessoas.
A diretora Roseane Amaral reforçou a gravidade da situação. "Estamos falando de colegas adoecidos, afastados, em sofrimento emocional profundo. Gente que está pagando com a saúde e com a vida. Saúde mental não se negocia. Não vamos naturalizar sofrimento. Lutar pelo Banco do Brasil é lutar pela dignidade de quem sustenta essa instituição todos os dias".
A pauta nacional reafirma três eixos centrais:
Respeito às conquistas históricas da categoria;
Condições de trabalho humanas, seguras e emocionalmente saudáveis;
Concursos públicos, recomposição do quadro e fim da precarização.
Roseane conclui reforçando que o enfrentamento é coletivo. "O que vivemos aqui também acontece em todo o país. Defender o Banco do Brasil é defender a saúde mental do seu corpo funcional e o papel social do banco público. Avançaremos com unidade, coragem e mobilização permanente".

