Sindicato paralisa as sete agências do Santander em Alagoas no Dia Nacional de Luta
Basta de práticas antissindicais, fechamento de agências e precarização do trabalho
Na manhã desta terça-feira (4), o Sindicato interrompeu as atividades em todas as sete agências do Santander no estado, em paralisação parcial até às 14h, dentro do Dia Nacional de Luta do Santander. A ação foi um recado que não haverá silêncio enquanto o banco continuar atacando direitos e desmontando o atendimento bancário no país.
O Santander que vive de concessão pública e opera com dinheiro que circula na economia brasileira , segue agindo como um império privado acima da lei, guiado por sua lógica de lucro bilionário a qualquer custo. Fecha agências, demite trabalhadores, terceiriza funções de maneira irregular, adoece a categoria e ainda tenta calar quem denuncia.
"O banco parece ter adotado um viés autoritário, agindo como se os lucros bilionários autorizassem a violação de leis e o desrespeito aos trabalhadores. Não aceitaremos perseguições, intimidações ou práticas antissindicais. O Sindicato seguirá firme na defesa da categoria", afirmou o presidente Thyago Miranda.
As denúncias não são abstratas. Duas dirigentes sindicais foram recentemente retiradas de função, num movimento claro de retaliação. O banco tenta fazer do medo um método de gestão. Mas encontrou resistência organizada.
O diretor José Aragão, membro da COE do Santander reforçou: "Enquanto o Santander lucra bilhões, fecha agências, sobrecarrega trabalhadores e precariza o atendimento à população. Querem transformar o serviço bancário em linha de montagem e a cidade em deserto de atendimento. Exigimos respeito, valorização e condições dignas para todos", disse.
A mobilização contou com o apoio da Contraf, federações e sindicatos de todo o país. Na região Nordeste, o recado ecoou alto. Para Elizabeth Araújo, representante da Fetrafi-NE, "Não vamos permitir que o Santander transforme o Brasil em laboratório de precarização. A perseguição às dirigentes sindicais é uma tentativa desesperada de enfraquecer a luta. Mas acontece o contrário: cada ataque deles só fortalece nossa unidade", declarou.
A diretora Isa Vasconcelos, foi incisiva. "Quando o banco tenta calar dirigentes sindicais, o que ele enfrenta é uma categoria inteira que não se dobra. Nossa voz não será silenciada. Seguiremos na linha de frente contra qualquer prática de intimidação" declarou.
A categoria exige:
- Fim do fechamento de agências;
- Fim das terceirizações fraudulentas e da precarização do atendimento;
- Valorização e contratação direta dos trabalhadores;
- Respeito à saúde e à organização sindical;
- Mais agências, mais atendimento humano, mais responsabilidade social.







