Sindicato cobra do banco solução para desvio de função, reforço no quadro e organização das reformas no BB
Reunião priorizou denúncia sobre caixas realizando tarefas de tesouraria em agências nível F; contratações e reformas no expediente também foram debatidas
O Sindicato se reuniu na última sexta-feira (21) com representantes do Banco do Brasil para tratar de uma série de questões que têm afetado diretamente a rotina de trabalho nas agências. Embora vários pontos tenham sido discutidos, o desvio de função foi colocado como tema central e de maior preocupação, especialmente nas agências classificadas como nível F, aonde caixas vêm assumindo tarefas típicas de tesouraria sem designação formal.
Desvio de função: ponto crítico da reunião
A denúncia de que caixas estão desempenhando atividades de tesouraria, o que aumenta a responsabilidade, gera risco operacional e fere as normas internas. O presidente Thyago Miranda chamou atenção para a urgência de corrigir a prática. "Quando um caixa assume funções de tesouraria, há um claro desvio de função. Isso expõe o funcionário, aumenta a carga de responsabilidade e não está alinhado às normas internas. Precisamos de ajustes imediatos", disse. Thyago reforçou que o tema não é pontual, mas recorrente, e que exige revisão estrutural para garantir segurança e valorização dos trabalhadores.
A redução do quadro de pessoal também entrou em pauta. O Sindicato destacou que a falta de funcionários contribui diretamente para a ocorrência de desvios de função, já que a equipe reduzida força a redistribuição inadequada de tarefas. A diretora Roseane Amaral enfatizou a importância da recomposição das equipes. "Quando o quadro está enxuto, a sobrecarga aumenta e as funções acabam se misturando. Reforçar a equipe é essencial para organizar o fluxo de trabalho e proteger os colegas", falou.
Na ocasião, o Sindicato também reforçou a necessidade de o banco pressionar a gestão nacional pela realização de concurso público, visando suprir o déficit e garantir atendimento de qualidade.
Outro assunto discutido foi a realização de reformas durante o horário de atendimento, causando ruídos, poeira e impacto no trabalho dos funcionários. A entidade pontuou a necessidade de um planejamento que não comprometa a rotina dos bancários nem o atendimento ao público. O diretor Carlos Alberto destacou."As reformas são importantes, mas precisam obedecer a um planejamento que preserve o bem-estar dos trabalhadores. O diálogo é fundamental para construirmos soluções equilibradas".
Os representantes do Banco do Brasil acolheram as demandas e se comprometeram a analisar cada ponto e apresentar devolutivas ao Sindicato. A entidade destacou que seguirá acompanhando de perto os encaminhamentos, especialmente no que diz respeito ao fim do desvio de função.
O Sindicato reafirma que o diálogo seguirá aberto, sempre com o objetivo de garantir condições dignas, seguras e justas para toda a categoria bancária.
Participaram representando o Banco do Brasil: Kailson de Sousa Vaz, Superintendente Regional de Alagoas, e Klebsson Ferreira Côrtes, Gerente de Setor da Gepes NE II. Representando o Sindicato estiveram presentes: o presidente Thyago Miranda, a diretora Roseane Amaral, e os diretores Cláudio Gama, Carlos Alberto, Iury Filgueira , Mário Medeiros e José Marconde.


