Incêndio em agência bancária escancara negligência do Mercantil com a segurança dos trabalhadores

 

Na manhã desta quinta-feira (8), um episódio revoltante sacudiu Arapiraca e trouxe à tona uma realidade que há muito tempo o movimento sindical denuncia: a total negligência do Banco Mercantil com a segurança de seus trabalhadores e da população.

Um cliente, revoltado com o banco, ateou fogo na agência. O incêndio escancarou a fragilidade estrutural da unidade sem porta giratória, sem vigilância armada e sem qualquer proteção eficaz para conter situações de risco.

"É inadmissível que, em pleno 2025, os bancos sigam tratando a vida humana com tanto descaso. O foco do Mercantil está voltado exclusivamente para o lucro do grupo financeiro, enquanto os colegas bancários e clientes seguem expostos à própria sorte. Não há investimento em infraestrutura, tampouco em medidas básicas de proteção. E o resultado está aí, terror psicológico, risco de morte e uma categoria inteira adoecida pela insegurança", declarou o presidente Márcio dos Anjos.

Segundo informações iniciais, o suposto cliente entrou na agência carregando galões de combustível e ateou fogo ao local após tentativas frustradas de negociação. O fogo começou no térreo de um prédio de dois andares e só foi contido com a chegada de quatro viaturas e 12 militares do Corpo de Bombeiros. Felizmente, não houve feridos, mas poderia ter havido uma tragédia.

O Sindicato está acompanhando de perto a situação, exigindo garantias de que os trabalhadores não sejam expostos novamente à insegurança. A entidade cobra do banco medidas urgentes para assegurar o bem-estar dos bancários e já discute para onde os trabalhadores serão realocados enquanto a agência estiver inoperante.

De acordo com o diretor Manoel Pereira, bancário do Mercantil, "se o banco tivesse investido em segurança, com portas giratórias e profissionais capacitados para conter situações de conflito, esse episódio poderia ter sido evitado. Mas, como de costume, o lucro fala mais alto. A integridade física e emocional dos trabalhadores? Para o banco, é detalhe", disse.

O Sindicato reitera, basta de desrespeito. Não aceitaremos que nossos companheiros sigam trabalhando sob ameaça constante. O crime ocorrido hoje é reflexo direto de um modelo de gestão que prioriza o dinheiro acima da vida.

 

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