Assédio Moral: Agência do Bradesco na Gruta é Fechada pelo Sindicato em Protesto

 

A persistência de casos de assédio moral dentro das agências bancárias atingiu um limite intolerável. Na manhã desta quinta-feira (03), a agência do Bradesco na Gruta foi fechada pelo Sindicato como forma de protesto e apoio aos funcionários que, além de sobrecarregados, são forçados a conviver diariamente com o assédio moral no ambiente de trabalho. A medida não foi tomada à toa: é fruto de meses de denúncias ignoradas e de uma gestão tóxica que tornou insustentável a rotina dos bancários.


As denúncias anônimas revelam um quadro de constrangimento e pressão psicológica, com a gerente geral da agência sendo apontada como protagonista. O que deveria ser um espaço de trabalho produtivo e cooperativo, se transformou em um ambiente de medo, adoecimento e humilhação. A prática de assédio moral, aliada a cobranças abusivas, ameaças de demissão e humilhações públicas, expõe a crueldade de uma gestão que prioriza metas irreais em detrimento da saúde mental e dignidade dos funcionários.


As cobranças, que deveriam ser apenas parte do trabalho cotidiano, se tornaram opressivas e desumanas, refletindo a pressão insustentável que as grandes instituições financeiras jogam sobre os ombros dos seus empregados. O diretor Gilberto Lopes que é bancário do Bradesco, deixou claro que o Sindicato não irá descansar até que os direitos trabalhistas sejam garantidos e que o ambiente de trabalho volte a ser seguro e saudável."Exigimos o fim do constrangimento que os funcionários têm enfrentado. Estamos aqui para defender a dignidade de cada trabalhador", falou Gilberto.


O diretor Juan Gonzalez que também é bancário do Bradesco, acrescentou que o fechamento da agência é um alerta para todos os bancos. "Essa ação visa chamar a atenção para a necessidade de que medidas efetivas sejam tomadas contra o assédio moral. Não abriremos mão de um ambiente com boas condições de trabalho", disse Juan.


Para a direção do Sindicato , a paralisação não é um fato isolado, mas sim o reflexo de uma gestão bancária que coloca o lucro acima da saúde mental de seus empregados, desconsiderando o impacto devastador que práticas de assédio podem causar. Enquanto os bancos se vangloriam de lucros bilionários, os trabalhadores estão sufocando sob o peso de metas inatingíveis e pressões desumanas.


Sem uma previsão clara para o retorno das atividades, o recado do Sindicato é claro: não haverá trégua até que haja justiça para os bancários e fim ao assédio moral nas agências. A luta por dignidade no trabalho está longe de terminar, e a resistência da categoria demonstra que os trabalhadores não aceitarão mais viver à sombra do medo.

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