Contra reestruturação e demissões, Sindicato paralisa o Santander; Sob pressão, banco chama pra negociar

Movimento foi das 7 às 10 horas, na capital e interior do estado

Em Dia Nacional de Luta contra a reestruturação no Santander, que tem demitido funcionários, fechado agências, terceirizado a mão de obra e aumentado a jornada de trabalho, o Sindicato paralisou na manhã desta terça-feira (26/07) as 14 unidades do banco em Alagoas, que operam em Maceió, Rio Largo, União dos Palmares, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema, Delmiro Gouveia, Arapiraca, Penedo e Coruripe. Apenas os postos de atendimento, localizados em órgãos públicos, funcionaram normalmente.

A paralisação, que seria das 7 às 13 horas, foi interrompida às 10 horas, em virtude de uma negociação convocada pelo banco para a próxima semana, com os membros da Comissão de Organização dos Empregados (COE). Na reunião serão discutidas as medidas que vêm sendo implantadas pela instituição e uma série de reivindicações apresentadas pela representação dos trabalhadores. "O movimento seria mais longo, mas o banco sentiu logo a pressão, que foi forte em todo território nacional. Não havia outra saída a não ser chamar pra negociar", disse o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos, que integra o Comando Nacional dos Bancários.

A paralisação das agências em Alagoas foi acompanhada de manifestações dentro e fora das unidades, buscando envolver empregados, clientes e usuários na mobilização. Segundo Márcio dos Anjos, todos estão sendo vítimas da reestruturação do Santander, com os trabalhadores perdendo postos de trabalho e direitos, e os clientes qualidade no atendimento. "O que o banco precisa é aumentar as contratações, para acabar com a sobrecarga de trabalho e prestar um serviço melhor à população", afirmou.

Além da paralisação e dos protestos, o Sindicato distribuiu um informativo com os funcionários e clientes do banco para explicar os motivos do movimento. Segundo a publicação, o Santander alega buscar proximidade com os clientes, o que é uma contradição, porque o banco está empurrando as pessoas para o atendimento digital e cortando postos de trabalho, que poderiam melhorar o atendimento.

Uma das medidas recentes do banco foi ampliar o horário de atendimento gerencial, que passou das 10 às 16 horas para 9 às 17 horas. O que parece bom para os clientes, na verdade tumultuará o atendimento, haja vista que não houve novas contratações e aumentará a sobrecarga de trabalho. "As agências periféricas serão as mais impactadas", afirma José Aragão, diretor do Sindicato e funcionário do Santander. Ele lembra que a extinção do cargo de Gerente Administrativo (GA), adotada recentemente pelo banco espanhol, já aumentou a sobrecarga dos Gerentes de Negócios (GNS).

"O pior que tudo acontece sem discussão e negociação com a representação dos trabalhadores. Queremos que o Santander pare com a reestruturação, negocie com o movimento sindical as condições da atualização de funções e sistemas, retome o horário de atendimento das 10 às 16 horas, e inicie negociação sobre esse tema", explicou Aragão.

Clique aqui para ver as fotos da paralisação em Alagoas

Clique aqui para baixar o informativo sobre o movimento de luta no Santander

 



Clique aqui para baixar o arquivo



Mais Notícias

+ Ver todas