Sindicato se reúne com superintendente do BB e pede solução para várias demandas

Cobrança de metas e adoecimento dos funcionários estiveram na pauta do encontro

Diretores do Sindicato estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira (11/11) com o superintendente do Banco do Brasil, Rafael Alessi, para discutir várias demandas que afligem os funcionários da instituição. Estiveram em pauta temas como a climatização das agências, dotação de pessoal, a cobrança de metas, adoecimento dos empregados e retorno ao trabalho presencial.

O primeiro ponto destacado pelo Sindicato foi o adoecimento mental de funcionários devido à pressão pelo cumprimento de metas. Segundo denúncias chegadas à entidade, os casos têm crescido no estado, provocando o afastamento médico de diversos bancários. Foi cobrado do superintendente medidas que evitem a cobrança exacerbada das chefias, e que sejam dadas as condições para que o funcionário possa cumprir as metas.

"Temos situações em que o gerente tem de fazer o trabalho do funcionário afastado, para cobrir os claros dentro da unidade, e fica impedido de realizar plenamente as suas funções, que inclui o cumprimento das metas. Mesmo assim, ele é cobrado e pressionado por não ter alcançado a meta do banco", disse o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos.

O Superintendente ponderou que o BB tem se esforçado para mudar comportamentos, que tem dialogado com os funcionários sobre diversos assuntos, e que tem buscado dentro da instituição o equilíbrio. "Estamos preocupado com a saúde dos funcionários, pode contar com a gente para isso, esse é um tema que é caro para a gente", afirmou.

Na visão de Rafael Alessi, se pressões indevidas persistem, devem ser casos pontuais, e o banco ficará mais atento. Na visão do Sindicato, o problema é nacional, mais amplo e complexo. "Trata-se de assédio moral institucional, que impacta na saúde dos funcionários", disse Carlos Alberto Oliveira, diretor do Seec-AL e bancário do BB.

Quanto aos claros existentes nas agências, muitos provocados por licenças médicas dos funcionários, o superintendente disse que o banco vem trabalhando para solucionar. Uma das medidas é a convocação, em breve, de dois mil concursados no país, que deverá evoluir, posteriormente, para cerca de quatro mil. "Neste momento, o banco vem fazendo um estudo para a priorização no preenchimento dos claros, visando atender os casos mais graves", informou.

Retorno ao trabalho presencial

O Sindicato defendeu junto ao superintendente que o retorno dos funcionários do home office para o trabalho presencial seja discutido com o movimento sindical, assim como foram todas as medidas preventivas e protocolos da Covid-19 desde o início da pandemia. A preocupação da entidade é, principalmente, com os funcionários do grupo de risco, cujo grau de comorbidade precisa ser levado em conta pelo banco. "Quem pode aferir esse grau e dizer se o funcionário pode retornar é o médico", disse Márcio dos Anjos.

O Superintendente demonstrou concordar, acrescentando que o banco não tem a intenção de exigir o retorno daqueles que não puderem.  

Climatização das agências

Os diretores do Sindicato também cobraram solução para os problemas de climatização em algumas agências, que tem dificultado as condições de trabalho dos funcionários e causado mal estar para os clientes e usuários. Muitos desses problemas ocorrem por defeito nos condicionadores de ar, que precisam ser trocados ou consertados. O Superintendente reconheceu que nos locais onde existem problemas é preciso fazer a troca ou conserto, sobretudo porque o verão se aproxima.                   

 

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