
Situação de caos nas agências do Itaú
Sindicato exige providências da direção do banco e vai denunciar ao Procon
Superlotação, tumulto e completo desrespeito aos direitos dos usuários. Este tem sido um cenário constante nas agências do banco Itaú em Maceió, sempre que começa o pagamento dos servidores da Prefeitura. Ao se apossar da folha de pagamento do município, incorporando milhares de novos correntistas, o banco não se preparou adequadamente para a demanda, sobretudo contratando funcionários suficientes.
O resultado tem sido filas quilométricas dentro e fora das unidades, demora interminável para atendimento nos caixas, pessoas sem ajuda no autoatendimento e desrespeito flagrante à Lei das Filas. Nem mesmo fichas são distribuídas com os usuários, como determina a legislação, e muito menos é cumprido o prazo máximo para atender o cidadão, que é de 30 minutos em dias de pico.
"Esta segunda-feira foi recorde de confusão. A fila da agência Rua do Sol estava chegando na Catedral", denuncia Luciano Santos, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú. Segundo ele, que esteve percorrendo as unidades, com a demanda gerada pela folha de pagamento da Prefeitura, o banco deveria não só ampliar o número de novos funcionários, mas também abrir outras unidades de atendimento.
"A única coisa que o banco fez, em relação a rede física, foi instalar um Posto de Atendimento na Secretaria Municipal de Finanças, que é muito pequeno e limitado", completou Luciano.
Além de transtorno e sofrimento para os servidores municipais, dentre outros clientes do banco, os funcionários do Itaú também são prejudicados, haja vista a cobrança e a pressão que sofrem dos usuários. Por mais que eles façam para atender bem e com agilidade, seu esforço não é reconhecido, e muitas vezes são apontados como culpados. Sem falar na sobrecarga de trabalho e no adoecimento dos bancários.
O Sindicato está fazendo um levantamento da situação - com relatório, fotos e vídeo - para cobrar providências da direção do Itaú. O problema também será levado ao Procon, para que o órgão fiscalize e exija o cumprimento da legislação.