
Sindicato vai às ruas no Dia Nacional de Luta no BB
Categoria unificada contra as metas abusivas, o desmonte e em defesa do Banco do Brasil público
O Sindicato somou forças ao funcionalismo de todo o país nesta quarta-feira (22), durante o Dia Nacional de Luta no Banco do Brasil, numa demonstração de resistência e compromisso com a defesa do BB público e dos direitos dos trabalhadores. O ponto alto da mobilização foi o ato em frente à Superintendência do Banco do Brasil, no Centro de Maceió, que reuniu dirigentes sindicais, bancários e apoiadores da luta em defesa da instituição e de seus funcionários.
Agências do BB na capital também foram alvo de protestos e panfletagens, em um dia marcado pela unidade da categoria e pela voz firme contra o aumento das metas abusivas, a sobrecarga de trabalho e o desmonte silencioso que ameaça a função social do banco.
Durante a manifestação, os dirigentes sindicais dialogaram com os colegas e com a população, denunciando os impactos negativos da atual gestão do BB, que tem priorizado o lucro e negligenciado o bem-estar dos trabalhadores e o atendimento à sociedade. Faixas e panfletos escancararam a realidade cruel de um banco que tem virado as costas para seu papel público e social.
"O Banco do Brasil pertence ao povo brasileiro e não pode continuar sendo tratado como uma empresa privada que apenas persegue seus funcionários com metas abusivas e lucros recordes à custa do sofrimento dos seus funcionários. A meta tem que ser o respeito. Chega de maldade com os trabalhadores", denunciou o presidente Thyago Miranda.
O ato também serviu como espaço de escuta e acolhimento, onde bancários relataram as jornadas exaustivas, as metas inatingíveis e o adoecimento físico e mental que vêm enfrentando, agravados pela falta de contratações e pela política de enxugamento imposta pela direção do banco.
"A cada ano, o banco amplia suas cobranças, mas não amplia seu quadro de pessoal. Isso adoece a categoria e compromete o atendimento à população. Precisamos de concursos, respeito e valorização de quem está na linha de frente", destacou o diretor Carlos Alberto.
O diretor Nilson Roberto reforçou que a luta do Banco do Brasil é a mesma de todo o funcionalismo público. "O que está em jogo é o projeto de país que queremos. Não aceitamos um BB rendido ao mercado financeiro e distante da população. O banco público é ferramenta de desenvolvimento, e não de opressão. Por isso, essa luta é de todos as trabalhadoras e trabalhadores que acreditam em um Brasil mais justo e soberano", disse.
O Dia Nacional de Luta no BB é um grito coletivo em defesa do serviço público e da dignidade do funcionalismo. O Sindicato reafirma que a luta pelo Banco do Brasil público é a luta pelo Brasil soberano, democrático e socialmente justo.