
Bradesco sobrecarrega trabalhadores e prejudica clientes com fechamento de agências e demissões em massa
No Dia Nacional de Luta contra as demissões e o fechamento de agências, bancários do Bradesco em todo o país se mobilizaram para denunciar a política de cortes, o desmonte das unidades e a sobrecarga de trabalho que vem adoecendo a categoria.
Em Alagoas, o protesto se concentrou na agência do Centro de Maceió, onde houve paralisação parcial das atividades nesta terça-feira (12). A escolha do local não foi por acaso: a unidade já está funcionando no limite após absorver todo o atendimento das agências fechadas em Marechal Deodoro e na Rua do Sol. A redução drástica no quadro de funcionários e o aumento na demanda transformaram a rotina dos trabalhadores e prejudicaram ainda mais a qualidade do atendimento à população.
De acordo com dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), mais de 2.400 funcionários foram demitidos em todo o país nos últimos meses. O Bradesco tenta justificar afirmando que está contratando, mas os números revelam outra realidade: as admissões não acompanham o ritmo dos desligamentos e, a cada balanço divulgado, o número total de empregados encolhe.
Durante a mobilização, os diretores do Sindicato conversaram com os colegas do banco e distribuíram panfletos denunciando à sociedade os "maus feitos" do Bradesco: o fechamento de agências, a eliminação de postos de trabalho e a pressão insustentável sobre quem permanece. "O banco fecha agências, reduz o quadro de pessoal e sobrecarrega quem fica. Isso não é só um problema para o trabalhador, é também um prejuízo para a qualidade do atendimento ao cliente", afirmou Juan Gonzalez, dirigente sindical.
Com menos unidades físicas e equipes reduzidas, as metas abusivas e o assédio moral se intensificam, comprometendo a saúde dos bancários e deixando a população sem opções de atendimento presencial. "A gente quer que o Bradesco pare com as demissões, reabra os postos de trabalho e valorize quem está na linha de frente atendendo a população. O Sindicato estará acompanhando de perto e continuará denunciando e paralisando as agências até que o banco cesse sua política de maldades contra trabalhadores e clientes", destacou o diretor Thyago Miranda.
A categoria reafirma que seguirá mobilizada em todo o país, exigindo que o Bradesco mude sua política de cortes e volte a investir em atendimento de qualidade e valorização de seus trabalhadores.