Bancários de Alagoas arrancam reunião com o Santander

 

A semana mal começou e o Santander já sentiu o peso da insatisfação dos seus trabalhadores. A paralisação nacional iniciada na segunda-feira (14) segue firme em diversas regiões do país, mas em Alagoas já surtiu efeito, após um feito que o banco espanhol não esperava: a força da mobilização! O Sindicato arrancou uma reunião com o alto escalão do Santander para tratar dos absurdos cometidos contra os trabalhadores no estado.

O encontro, marcado para o próximo dia 24 de abril, contará com representantes das Relações Sindicais do banco, da Superintendência Nacional de Recursos Humanos e da Superintendência Regional de Alagoas.

A pauta? Exigir respeito e pôr um fim ao massacre cotidiano vivido dentro das agências.

A reunião discutirá demissões arbitrárias, o desmonte das agências, o adoecimento causado pela sobrecarga de trabalho e, principalmente, a gestão do Santander em Alagoas. É hora de olhar nos olhos de quem tem tratado os trabalhadores como meros números descartáveis e dizer: basta!

"Em Alagoas, a pressão funcionou. A mobilização da categoria foi tão forte que obrigou o banco a sentar para conversar. Essa reunião não é um presente, é resultado direto da luta. E é bom que o banco venha preparado, porque os colegas estão exaustos de serem tratados como peças em um tabuleiro de metas abusivas. O recado foi claro com mais de 24h de paralisação em nove agências: ou muda a postura, ou enfrentará ainda mais resistência organizada", disparou o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos.

Para o diretor José Aragão, que representa a FETRAFI na Comissão de Organização dos Empregados (COE), o movimento foi vitorioso e estratégico. "A mobilização surtiu efeito e agora temos a oportunidade de cobrar diretamente do banco soluções reais para os problemas enfrentados aqui. Do jeito que as coisas estão não dá pra continuar. A base está cansada, sobrecarregada, doente, e precisamos encontrar uma solução", afirmou.

O Santander, que insiste em lucrar bilhões à custa da precarização do trabalho, foi forçado a abrir diálogo graças à organização e coragem dos bancários alagoanos.

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