Bancários do Bradesco de Alagoas se Mobilizam em Dia Nacional de Luta Contra Fechamento de Agências e Demissões

 

Nesta quarta-feira (03/07), bancários do Bradesco de todo o país protestam contra as demissões em massa e o fechamento arbitrário de agências. Em Alagoas, a mobilização foi nas agências Centro e Rua do Sol, situadas no centro da capital.


A mobilização ocorre em um momento crítico das negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), parte essencial das tratativas da Campanha Nacional de 2024 para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.


"Em todo o país, este ano, centenas de trabalhadores foram demitidos. A atitude do banco de fechar agências e cortar postos de trabalho em um momento de recuperação financeira, é insensível. Essas demissões afetam também os colegas bancários que permanecem, uma vez que aumenta a sobrecarga de trabalho e episódios de assédio moral na cobrança de metas abusivas que acabam adoecendo os trabalhadores", declarou o diretor Thyago Miranda, destacando a insensibilidade da gestão do Bradesco.


Os diretores dialogaram com os funcionários e distribuíram um informativo que revela a triste realidade enfrentada pelos trabalhadores e o descontentamento dos clientes com o fechamento das agências. "Nesta Campanha Nacional a defesa do emprego é uma das princiapis reivindicações , diante disso, estamos denunciando a forma de reestruturação do Bradesco, que prejudica os trabalhadores e o atendimento à população", disse o diretor e funcionário do Bradesco Gilberto Lopes, criticando a falta de comprometimento da administração do banco com seus empregados.


Os dirigentes também conversaram com a população e os clientes, expondo a situação alarmante e a pressão desumana que os trabalhadores estão enfrentando. "Longas filas e agências superlotadas são o novo normal das agências do Bradesco, evidenciando como a reestruturação imposta pelo banco penaliza a todos. Enquanto o banco ostenta lucros exorbitantes, parece desdenhar da dignidade e do bem-estar de seus trabalhadores", disse o diretor Luciano Santos, que é presidente da CUT-AL.


É uma ironia que, apesar de um lucro líquido recorrente de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre de 2024 (um aumento de 46,3% em relação aos três meses anteriores, indicando uma clara recuperação econômica), o Bradesco persista em sua política de demissões em massa e fechamento de agências. Entre o último trimestre de 2019 e o último trimestre de 2023, o banco fechou 1.783 agências e 703 postos de atendimento bancário, segundo seus próprios demonstrativos financeiros.


A mobilização de hoje é um grito de resistência , exigindo que o Bradesco reveja suas práticas e coloque as pessoas acima dos lucros.

 

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