136 anos da Lei Áurea: Reflexões sobre Reparação Histórica e Lutas Atuais

 

Neste 13 de maio de 2024, completam-se 136 anos desde a assinatura da Lei Áurea, um marco na história brasileira que formalmente aboliu a escravidão. Entretanto, a mera promulgação de um documento não foi suficiente para apagar séculos de opressão, violência e injustiça.

A liberdade concedida pela lei não foi acompanhada de medidas efetivas de reparação histórica para a população negra, que por séculos foi subjugada e explorada. Entretanto, o legado desse período sombrio ainda ecoa na sociedade contemporânea, onde o racismo continua a ser uma realidade gritante e persistente.


A Lei Áurea representou não apenas o fim de um sistema brutal de escravidão, mas também o resultado de décadas de resistência, luta e mobilização por parte dos próprios escravizados e de diversos movimentos sociais. As rebeliões, fugas para os quilombos e a fundação de comunidades autônomas foram expressões da determinação e da força daqueles que se recusavam a aceitar a condição de subalternidade imposta pelo sistema escravocrata.


Apesar dos avanços conquistados com a abolição, as marcas da escravidão persistem na sociedade brasileira até os dias de hoje. A discriminação racial, a desigualdade socioeconômica e a violência estrutural continuam a afetar de maneira desproporcional a população negra/afrodescendente.


O Sindicato reitera seu repúdio a qualquer forma de racismo e reafirma seu compromisso inabalável na luta contra esse mal que ainda assola a sociedade. "Ao celebrarmos os 136 anos da Lei Áurea, é essencial lembrar que a abolição da escravidão não marcou o fim das injustiças raciais, mas sim o início de uma batalha contínua pela igualdade e pela justiça social. Enquanto existirem indivíduos marginalizados e oprimidos devido à cor de sua pele, nosso trabalho estará longe de ser concluído. É necessário unir forças, fortalecer alianças e estarmos mobilizados em prol de uma sociedade onde todos sejam tratados com dignidade e respeito, independentemente de sua origem étnica" falou o presidente Márcio dos Anjos.


A entidade permanece firme em seu compromisso de combater o racismo em todas as suas manifestações, trabalhando incansavelmente para construir um futuro mais justo e inclusivo para todos. Somente juntos poderemos transformar essa visão em realidade e construir um país verdadeiramente igualitário e livre de preconceitos.

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