Sindicato paralisa Santander contra a compensação de horas na Copa
Único a não abonar as horas dos jogos da seleção brasileira, banco foi alvo de protestos no país inteiro
O Sindicato dos Bancários de Alagoas se somou às dezenas de outros sindicatos bancários do país para mobilizar os trabalhadores do Santander e protestar contra a compensação das horas dos jogos do Brasil na Copa do Mundo. O movimento, realizado na manhã desta terça-feira (6/12), contou com manifestações e paralisações nas unidades do banco, denunciando aos clientes e à população a intransigência da instituição financeira, única a cobrar dos empregados o 'pagamento' das horas paradas.
Em Maceió, o Sindicato paralisou das 7 às 12 horas a agência da Rua do Sol, usando faixas e cartazes para destacar o movimento. O presidente da entidade, Márcio dos Anjos, repudiou a postura autoritária da diretoria do Santander, que mesmo chamada para negociar, se recusa a rever a compensação, causando prejuízo aos funcionários. "Mais uma vez, o banco espanhol age com discriminação e desrespeito aos bancários do Brasil, colocando a sua ganância e sede por lucro acima dos interesses do povo brasileiro", afirmou.
O dirigente sindical, que também integra o Comando Nacional dos Bancários, frisou ainda que o fechamento dos bancos nas horas de jogos do Brasil foi uma decisão das instituições financeiras, através da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), que emitiu um comunicado específico. Nada foi negociado com a representação dos trabalhadores. "Portanto", acrescenta Márcio dos Anjos, "não existem horas devidas para compensar".
Além das manifestações e paralisações pelo país, que tiveram como mote #SantanderJogaContra, as redes sociais também foram usadas nos protestos ao longo desta terça-feira. Um boletim foi distribuído aos funcionários e clientes criticando a mesquinhez do Santander e cobrando o abono das horas paradas nos jogos (baixe aqui). A representação dos empregados, em âmbito nacional, também estuda medidas jurídicas para confrontar o banco.
