Bancários se mobilizam contra terceirização e corte de direitos no Santander

Terça-feira foi de protesto nas agências de Alagoas e de todo o país

O Sindicato dos Bancários de Alagoas e funcionários do Santander participaram intensamente nesta terça-feira (30/11) do Dia Nacional de Luta contra a terceirização no banco espanhol, que tem se ampliado país afora com o intuito de realocar trabalhadores, reduzir custos com mão de obra e aumentar ainda mais os lucros da instituição financeira. Tal estratégia, que afeta os empregados das áreas de tecnologia da informação, call center e comercial, retira direitos e reduz salários dos afetados, uma vez que os mesmos não são contratados como bancários, ficando sem as garantias da Convenção Coletiva de Trabalho.

"O banco está se aproveitando do retrocesso gerado pela reforma trabalhista para terceirizar serviços bancários e driblar direitos daqueles que são contratados. Só que, quem trabalha em banco, bancário é, e assim deve ser considerado. A reforma trabalhista tem seus limites e não acabou com todo o arcabouço da legislação do trabalho", disse José Aragão, diretor do Sindicato e funcionário do Santander.

Segundo o dirigente, além de burlar a contratação dos funcionários, o banco não respeita a opção do empregado, que prefere se manter como bancário e sendo representado por sua entidade de classe. "Estamos exigindo negociação com o Santander para discutir o enquadramento profissional desses trabalhadores e a representação sindical que eles têm direito. Não aceitaremos esse artifício das empresas terceirizadas, em que só o banco sai ganhando e os trabalhadores perdendo", acrescentou.

Durante o dia de protestos e mobilização nesta terça-feira, os diretores do Sindicato fizeram pronunciamentos nas agências do Santander e distribuíram informativo com os funcionários. A palavra de ordem foi: Terceirização NÃO / #SantanderSomosBancários!     

 

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