Milhares de brasileiros ocuparam às ruas do país para exigir "Fora, Bolsonaro"

Em centenas de cidades, manifestações contra o presidente começaram na manhã deste sábado (19) e seguiram durante todo o dia. Foi o #19J por vacina, por comida, por emprego e pela destituição de Bolsonaro

Perto de atingir a triste marca de 500 mil mortos pela covid-19, por culpa de Jair Bolsonaro (ex-PSL), um negacionista que impediu que vacinas contra a doença chegassem mais rapidamente ao país, cujo governo atinge também números recordes de desemprego, com 54 milhões de pessoas sem um emprego decente e que colocou o Brasil de volta ao mapa da fome, os brasileiros e brasileiras decidiram dar um basta e saíram às ruas no sábado (19/06), pedindo por Fora Bolsonaro, vacina no braço e comida no prato. Os atos foram realizados ao longo do dia em 427 cidades do Brasil e do exterior.

Mesmo preocupados com a pandemia, os brasileiros foram às ruas por entenderem que Bolsonaro é pior do que o vírus. A grande maioria usou máscaras, álcool em gel  e procurou manter o distanciamento social.

Algumas manifestações foram realizadas na véspera, como nos Estados Unidos, país que graças ao avanço da vacinação não é mais obrigatório o uso de máscaras. Lá um grupo de brasileiros e norte-americanos pediu a saída do genocida Bolsonaro, em Washington, em frente à Casa Branca, residência oficial do presidente Joe Biden. O ato do Amazon Watch e US Network for Democracy in Brazil  foi em apoio ao #19JForaBolsonaro e em solidariedade aos povos indígenas acampados em Brasília.

Não existe melhor termômetro para provar que a popularidade do pior presidente que o Brasil já teve está descendo a ladeira de forma acelerada do que o povo na rua se manifestando, pedindo seu impeachment, o responsabilizando pela tragédia das mais de 500 mil vidas perdidas para a Covid-19.

Foi o que aconteceu neste sábado quando milhares de brasileiros e brasileiras foram às ruas de mais de 400 cidades para reafirmar que Jair Bolsonaro e seu governo são os principais responsáveis pelas mortes, pela fome, pelo desemprego, pela falta de vacinas para todos e todas.

O #19JforaBolsonaro foi mais um dia de dizer "chega de Bolsonaro", e o grito que explodiu nas ruas exigiu o impeachment do presidente.

Os atos foram também pelo auxílio emergencial de R$ 600, vacina, emprego, contra as privatizações e pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

As manifestações tiveram início já nas primeiras horas do dia. Na parte da tarde, os protestos continuaram em várias cidades - capitais e interior dos estados.

Em Maceió, o povo foi às ruas denunciar o governo irresponsável e genocida, com uma grande caminhada pela Avenida Fernandes Lima e outras ruas do centro.  Durante o ato, os manifestantes levaram um jumento como sósia de Bolsonaro para tentar garantir a vacinação e a renda familiar.

Em Delmiro Gouveia, também no estado de Alagoas, os trabalhadores e trabalhadoras reforçaram o pedido de  #ForaBolsonaro.

Brasília registrou uma das maiores manifestações do sábado. A deputada Federal Erica Kokay, que também participou das manifestações, destacou em live a participação de indígenas nos protestos.

Em Salvador, na Praça do Campo Grande, o Coletivo @forabolsonaronasruas fez um ato simbólico, encenando o julgamento, condenação e a prisão do genocida Bolsonaro por conta dos crimes cometidos contra o povo brasileiro.

Nas ruas de Goiânia a manifestação do #19JForaBolsonaro  teve caminhada, marcha e muita critividade.

Em São Luís, indígenas participaram da manifestação - eles também reforçaram o ato de Brasília onde estão acampados exigindo direitos. O 'fora' se estendeu ao vice-presidente, general Hamilton Mourão e demais militares no governo.

Em Pernambuco, ao contrário da manifestação de 29 de maio em que dois trabalhadores foram atingidos pela polícia com balas de borracha, a manifestação do sábado não teve registros de violência policial na capital pernambucana que ficou a manhã inteira com as ruas lotadas de manifestantes, que fizeram questão de manter distanciamento e oferecer álcool em gel para quem passava.

Em Recife, assim como em outras cidades do Brasil, muitos manifestantes carregaram cartazes culpando Bolsonaro pela morte de seus parentes, vítimas da Covid-19 e da falta de vacinas.

Em Teresina, teve caminhada pelas ruas do centro e ato na Praça da Liberdade. Com bandeiras, camisetas, cartazes, faixas, máscaras todos deram seus recados nas ruas.

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas se reuniram na Central do Brasil. O cantor e compositor Chico Buarque participou do ato pela manhã, dia em que completou 77 anos. Recentemente, o artista concedeu entrevista à TV 247 e denunciou o grave momento que o país enfrenta. Chico Buarque se emocionou ao criticar o governo e alertou que Jair Bolsonaro prepara um novo golpe contra a democracia brasileira e a instauração de uma nova Ditadura Militar.

Além da capital fluminense, em outros municípios como Vassouras, Macaé, Campos dos Goytacazes, Barra do Piraí, Valença, Resende, Volta Redonda, também teve protestos.

Em terras gaúchas, em diversas cidades a população foi às ruas pelo 'Fora Bolsonaro'.

Em São Bento do Sul (SC), ato simbólico pediu vacina e fora Bolsonaro, com faixas e cruzes para denunciar o governo genocida e lembrar as quase 500 mil vítimas da covid-19.

Segurando seus guarda-chuvas, bandeiras e faixas, manifestantes dos movimentos sociais, sindical e partidos políticos pediram o fim do governo Bolsonaro em Tubarão (SC).

Em São Paulo, o ato principal teve início às 16h e já ocupa a Avenida Paulista. Uma das faixas já estava fechada para a circulação de veículos. Outras manifestações também foram organizadas no início da tarde, como o protesto de ciclistas na Praça do Ciclista (Av. Paulista).

Em Diadema (SP),  houve o ato #19JForaBolsonaro do Comitê Diadema da Frente Brasil Popular em frente ao Terminal de Trólebus, no ABC Paulista.

Em Aracaju, a indignação tomou conta das ruas do centro comercial da cidade. Manifestantes ocuparam a Avenida Barão de Maruim.

 

Fonte: CUT

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