Com retomada do Auxílio Emergencial, Fenae volta a cobrar do Ministério da Saúde a vacinação para todos

Federação também cobra da Caixa o reforço aos protocolos de segurança nas agências. “;A vacinação é urgente. O país inteiro está sofrendo com a irresponsabilidade deste governo”;, disse o presidente da Fenae

Com a retomada do pagamento do auxílio emergencial, confirmada pelo ministro da Economia Paulo Guedes nesta semana, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) voltou a cobrar, por meio de ofício enviado ao Ministério da Saúde ontem (11/03), a vacinação para os empregados Caixa e para todos os brasileiros.

"O pagamento do auxílio emergencial volta num cenário de piora da pandemia. Sem vacinação para os empregados e para a população, a nossa preocupação é que as agências bancárias se tornem vetores de contaminação da covid-19", explicou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

A Fenae já havia solicitado ao ministro Eduardo Pazuello, no dia 13 de janeiro, a inclusão dos trabalhadores do banco público no grupo prioritário para receber a vacina. A resposta do Ministério não foi positiva. Com a volta do auxílio e o agravamento da pandemia, a Fenae considerou urgente reiterar o pedido de vacinação.

"É preciso ressaltar que a expectativa é que nos próximos meses volte a ocorrer uma grande procura por atendimento nas agências da Caixa, que mantém também as demandas regulares como administração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e de programas sociais que atingem uma grande massa populacional, atividades essas essenciais para a população, especialmente em tempos de crise", diz o ofício. "Assim, vimos por meio deste, solicitar reconsideração com relação a nosso pleito anterior, visto que houve alteração considerável no cenário da pandemia no Brasil e que as bancárias e os bancários da Caixa estarão mais uma vez na linha de frente do atendimento de milhares de pessoas".

"A vacinação é urgente", ressalta Takemoto. "O país inteiro está sofrendo com a irresponsabilidade desse governo. Bolsonaro ignora a pandemia e as mortes, incentiva medicamentos sem comprovação científica, faz chacota de quem usa máscaras e desencoraja a vacinação. Precisamos fazer uma grande pressão pela vacina já ou estaremos condenados a arrastar a pandemia por anos", reforçou o presidente da Fenae.

Vacina pública para todos - Na quarta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro sancionou o Projeto de Lei (PL 534/2021) que autoriza a compra de vacinas pela União, governos estaduais, municipais e pela iniciativa privada. Na opinião de Takemoto, o Governo Federal não pode se eximir da responsabilidade de garantir a vacinação para os brasileiros. "A vacina deve ser pública e para todos. Nossa preocupação é que os estados com maior capacidade financeira levem vantagem sobre os outros. A responsabilidade para garantir esta isonomia é do Governo", avaliou.

Reforço dos protocolos de segurança nas agências - Takemoto também cobra da direção da Caixa o reforço aos protocolos de segurança para proteger os empregados e a população. Ele lembra que no início da pandemia a Fenae, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e outras entidades em defesa dos empregados cobraram todas as medidas protetivas que foram orientadas pelas autoridades sanitárias, como Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), regime de home office para as pessoas que se enquadram no grupo de risco e outras reivindicações para assegurar a saúde e boas condições de trabalho.

Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração (CA/Caixa), explica que tem reforçado a necessidade de ampliação das medidas de segurança no CA. "Pedi para a direção do banco tomar novas medidas para proteger os empregados e a população, como fazer campanha de conscientização, revisar os equipamentos de segurança, comprar mais equipamentos e orientar sobre o uso, além de dialogar com os empregados que estão em teletrabalho, pois são do grupo de risco. O banco se comprometeu com algumas questões, principalmente com uma campanha de conscientização".

A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Uehara, diz que as cobranças têm sido constantes. "Com a volta do auxílio emergencial, o aumento no número de casos e mortes, inclusive entre os empregados, e a paralisia do Governo Federal em adquirir as vacinas, a direção da Caixa tem a obrigação de ampliar a proteção. Precisa orientar os empregados, ampliar a assistência psicológica, acompanhar o pessoal de risco que está em casa e ampliar os protocolos de segurança de quem ficou na linha de frente".

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