Paralisação de 24h: Ato em agência do Bradesco no centro é recado claro contra demissões e desumanidade

 

Na quarta-feira (10), o Sindicato mostrou mais uma vez que não irá admitir a desumanidade do Bradesco. A paralisação de 24 horas na agência do centro da capital não foi apenas um protesto, é sim, um grito de socorro e um ultimato. Em tempos em que o banco lucra bilhões, é revoltante ver a política de reestruturação sendo usada como desculpa para demissões em massa, fechamento de agências e pressão desumana sobre os funcionários.


Para o diretor Gilberto Lopes, o preço da ganância do Bradesco com o fechamento das agências e o adoecimento da categoria transformou o ambiente laboral em um cenário desolador. "A cada dia, mais e mais agências do Bradesco estão fechando suas portas, deixando clientes desamparados e os colegas bancários à mercê do desemprego. E para aqueles que permanecem, a realidade é um pesadelo, com metas inalcançáveis, pressão insustentável e um adoecimento generalizado. Não é apenas um emprego que está em jogo,são vidas, famílias inteiras sendo prejudicadas por uma política cruel e gananciosa", relatou Gilberto, que é funcionário do Bradesco.


De acordo com o diretor Juan Gonzalez, que também é funcionário do Bradesco, em sua busca implacável por lucros, o banco não hesita em cortar cabeças. "Funcionários em pré-aposentadoria, doentes ou em licença pelo INSS são descartados . A mensagem do banco é clara: na busca pelo lucro, não há espaço para compaixão ou humanidade. É um golpe frio e calculista que gera um caos sem precedentes entre os funcionários, já sobrecarregados e desvalorizados", declarou Gonzalez.


Vale lembrar que o impacto dessas ações não se limita apenas aos funcionários. Os clientes, obrigados a se deslocar para agências distantes e superlotadas, sofrem com um atendimento precário e demorado. A frustração e o desgaste são inevitáveis, tanto para quem busca um serviço digno quanto para os funcionários que, sobrecarregados, não conseguem dar conta da demanda.


"É um ciclo vicioso de desrespeito e desumanização. A luta está longe de acabar. O Sindicato não recuará até que o Bradesco reverta suas políticas devastadoras. As manifestações vão continuar, ecoando a voz de todos os trabalhadores que exigem respeito, dignidade e condições justas de trabalho", disse Juan Gonzalez.


Este ano, na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, a defesa dos empregos e das condições de saúde são prioridades da Campanha Nacional. "Os bancários estão unidos, engajados e prontos para a batalha. Não vamos ceder à ganância de um banco que, apesar dos lucros astronômicos, trata seus funcionários e clientes com tamanho desprezo", falou o diretor Gilberto Lopes.

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