Comissão Nacional retoma mesa de negociação permanente com o BNB

Alagoas foi representada pelo diretor Thyago Miranda membro da CNFBNB

 

A Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), esteve reunida, dia 12/4, com a direção do BNB, na sede administrativa do Banco, em Fortaleza, na retomada da mesa de negociação permanente de negociações.

As entidades representativas trataram com o Banco temas como mudanças no Promova-se, horas extras, ponto eletrônico, igualdade de oportunidades, diversidade, saúde do trabalhador, combate ao assédio, entre outros.

Inicialmente, o secretário geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, cobrou da direção do BNB uma postura de incentivo à igualdade de oportunidades, com políticas de incentivo à ascensão profissional de gênero e diversidade. Além disso, a Contraf destacou a importância das práticas ASG (incorporação, nas análises financeiras, de aspectos ambientais, sociais e de governança). O conceito ASG traz uma nova maneira de olhar para a sustentabilidade financeira visando equilibrar o crescimento econômico com o cuidado com as pessoas e o meio ambiente.

O Banco informou sua satisfação por essa cobrança ter partido das entidades, citou algumas práticas de incentivo à liderança feminina nos ambientes e nas agências que já são praticados pela atual gestão e se comprometeu a atentar para o conceito ASG.

Com relação às mudanças no Promova-se, cobradas pela Comissão Nacional na última negociação, realizada em dezembro de 2023, o Banco fez uma apresentação das mudanças já realizadas, atendendo a algumas cobranças das entidades: a avaliação curricular passou a ter mais peso do que as entrevistas (60%/40%), tornando os processos mais objetivos; o tempo máximo de vacância nos postos de gestão agora é de 120 dias; o tempo máximo de substituição também é de 120 dias. A partir da apresentação, as entidades fizeram novas reivindicações tais como a elevação da pontuação dos caixas, para que esses tenham mais possibilidades de ascensão.

Além disso, as entidades fizeram reivindicação com relação aos auxiliares de negócio para que a função seja passível de substituição e para que esta passe a ter níveis, a exemplo de outras funções do eixo técnico.

Com relação aos sindicatos, a Comissão Nacional solicitou a criação de uma caixa postal para facilitar a comunicação entre o Banco e as entidades, para agilizar processos como pedidos de liberação para atividades sindicais, informes de sindicalizações novas etc. As entidades solicitaram ainda que nos ofícios de liberação de funcionários para as atividades sindicais, conste por escrito também os dias de trânsito, para que não gere dúvidas quanto aos dias de liberação do funcionário junto à gestão da unidade.

A Comissão Nacional reivindicou o acesso ao relatório de ponto eletrônico para coibir burlas e irregularidades. Além disso, a CNFBNB cobrou do Banco um protocolo para funcionários ameaçados e a direção da instituição ficou de analisar.

Com relação ao trabalho híbrido, a CNFBNB voltou a reivindicar que os trabalhadores tenham direito à hora extra nos dias em que estiverem trabalhando nas unidades do Banco. A direção informou que consultou a Febraban sobre o assunto e a solicitação foi negada devido ao acordo aditivo de trabalho híbrido, realizado no período da pandemia, que orienta se observe a jornada de trabalho. A Comissão destacou que vai tratar o assunto na mesa de negociação durante a campanha salarial para tentar inserir essa ressalva na renovação do acordo aditivo.

Ainda no quesito horas extras, a Comissão Nacional, questionou o Banco quanto aos valores das horas pagas pelo BNB nos finais de semana e feriados. Hoje a adição é de apenas 50%, quando pela lei, deveria ser dobrada. O Banco disse que pratica o que está na lei e solicitou que as entidades enviem os casos em que isso está ocorrendo. As entidades solicitaram ainda que, com relação às horas extras sobre o 13º prevaleça o que for mais favorável ao funcionário, seja a média ou as horas de dezembro.

A Comissão Nacional sugeriu também que mudanças no quadro de comissionados nas agências não fiquem, exclusivamente, a cargo do gerente geral e que as entidades possam acompanhar esses processos, já que isso influencia diretamente na vida dos funcionários que já trabalhavam nessas unidades.

Com relação à saúde do trabalhador, a CNFBNB cobrou que a avaliação de funcionários que estão voltando de licença fosse readequada. Hoje, o Banco considera o ano todo, mas ficou de analisar a questão. Além disso, a Comissão cobrou que fosse disponibilizado às entidades sindicais o relatório de afastamentos para que pudessem acompanhar e ajudar a solucionar os problemas.

As entidades cobraram ainda que fosse implementada uma política de atenção aos casos de deficiências não visíveis/neurodeficiências. A Comissão solicitou ainda que a questão da saúde mental dos funcionários seja incluída nos programas relativos ao PCMSO.

Por fim, o Banco solicitou às entidades o apoio para casos de assédio para ajudar no combate a essas práticas. O Banco enfatizou que não compactua com qualquer prática de assédio, seja moral ou sexual e vai coibir com veemência todos os casos constatados. As entidades aproveitaram a ocasião para solicitar para que seja ampliada a estrutura da Comissão de Ética para dar mais celeridade na apuração das denúncias de assédio apresentadas.

A reunião foi realizada com a presença da diretora de Administração e TI, Ana Teresa Barbosa de Carvalho, a superintendente de Desenvolvimento Humano, Danielle Gonçalves e assessores. Pelas entidades sindicais estiveram presentes o secretário geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, Carmen Araújo (SEEB/CE), Océlio Silveira (SEEB/CE), Fábio Sankley (SEEB/Campina Grande), Robson Araújo (coordenador interino da CNFBNB —; SEEB/PB), Lusemir Carvalho (SEEB/PI), Thyago Miranda (SEEB/AL), Fernando Batata (SEEB/PE), Jeane Marques (SEE/BA), Waldenir Brito (FEEB/BA-SE) e Edson Gomes (FETEC Centro Norte).

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