NOTA DE REPÚDIO À DIREÇÃO DO BB

Convocação intempestiva para volta ao trabalho presencial põe em risco saúde de funcionários e de seus familiares

O Sindicato repudia com veemência a orientação do Banco do Brasil para que funcionários que moram com pessoas do grupo de risco da Covid-19 retornem ao trabalho presencial. Tal medida, anunciada na terça-feira (21/07), sem qualquer discussão ou negociação com a representação dos trabalhadores, atenta contra a saúde dos bancários e seus familiares, que ficarão mais expostos à contaminação pelo novo coronavírus.

"São idosos com quadro de comorbidade, crianças recém-nascidas e até pessoas que já se encontram doentes, ameaçadas de sofrer de forma grave ou letal, caso o funcionário que coabita com elas venha a contrair o vírus e o transmita de forma involuntária", protesta o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos. Ele reforça que a Covid-19 continua no pico e as medidas de proteção/prevenção não foram abolidas pelo poder público. "Iremos responsabilizar o banco por qualquer incidente grave que ele tenha contribuído", afirmou.

Embora o banco encontre amparo na portaria Nº 20 de 18 de julho de 2020 do governo Bolsonaro (que não respeita recomendações de segurança sanitária, nem a vida dos brasileiros), é preciso que se tenha mais responsabilidade com a saúde dos funcionários e funcionárias.  Além de impor o retorno ao trabalho sem discussão e negociação, o BB sequer informou qual serão os protocolos de cuidado e segurança para a volta desses trabalhadores.

A Comissão de Empresa dos Funcionários do BB já questionou a direção do banco e está exigindo a revogação do comunicado. Uma reunião entre representantes do banco e a representação dos trabalhadores foi realizada ontem (22/07), mas o bom senso não prevaleceu, uma vez que a empresa manteve a decisão administrativa.

"O Sindicato e demais entidades representativas dos trabalhadores continuarão insistindo na revogação total da medida, além de acompanhar como se dará o retorno ao banco. Trata-se de uma questão de saúde, de vidas e de respeito aos trabalhadores da instituição", conclui o presidente do Seec-AL, que integra o Comando Nacional dos Bancários.


SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE ALAGOAS


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