Empregados da Caixa em Alagoas dizem NÃO à reestruturação

Dia foi de protesto nas unidades do banco, com paradas no serviço e reuniões

No dia Nacional de Luta contra a Reestruturação e a política de desmonte da Caixa Econômica Federal, realizada nesta quinta-feira (13/02), empregados da empresa em Alagoas, comandados pelo Sindicato e lideranças da categoria, manifestaram forte repúdio às novas medidas adotadas pela direção do banco, que devem impactar negativamente na estrutura administrativa e no papel social da instituição, além de afetar direitos e conquistas dos trabalhadores.

Os protestos se concentraram no prédio da Filial, em Maceió, onde funciona a superintendência da Caixa. Diretores do Sindicato percorreram andar por andar, reunindo os funcionários nos seus locais de trabalho. Através de um diálogo franco e transparente, onde todos puderam expressar seus pontos de vista, informações foram repassadas e dúvidas tiradas a respeito da reestruturação, revelando a verdadeira intenção do pacote baixado pela diretoria, que não é a simples criação de funções.

"Trata-se de mais uma medida para enfraquecer o banco, rebaixar e desarticular o seu corpo de empregados, deixando-o mais suscetível para a privatização", explicou Ismael Monteiro, diretor do Sindicato e membro da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE-Caixa). “;Primeiro eles vendem as subsidiárias, em seguida fazem a reestruturação, depois fecham agências e departamentos, e por fim acabam com a Caixa pública. Para que criar mais funções se não tem como e onde as pessoas assumir", acrescentou.

O presidente do Seec-AL, Márcio dos Anjos, reforçou essa compreensão, apontando que a  nova medida faz parte dos planos do governo para dividir, fatiar e enfraquecer a empresa, tirando dela sua pujança e compromisso com o social. "Querem transformar a Caixa em uma empresa de negócios, que atua apenas com seguro e cartão", denunciou. Para o dirigente, é preciso que os empregados da Caixa resistam fortemente a essa política, e que não caiam no 'canto da sereia' de que serão beneficiados com a reestruturação.

O clima entre os empregados da Caixa é de revolta e apreensão. Eles temem o que pode acontecer com eles e com o futuro da empresa. Daí o engajamento da maioria na atividade desta quinta-feira, que foi apenas mais uma de outras que virão. "Na reunião de negociação de ontem, realizada com a CEE-Caixa, a empresa se recusou a negociar, e disse que vai manter a reestruturação. Isso demonstra que teremos de lutar muito", observou Ismael Monteiro.

Além de conversar com os empregados, mobilizando-os para a luta, o Sindicato também protestou na porta e no interior da Caixa Filial, usando faixa que repudia a reestruturação e a política de desmonte da empresa, além de reforçar a campanha #ACAIXAÉTODA SUA. Embora o Dia Nacional de Luta tenha sido apenas nesta terça-feira, o Sindicato vai continuar com os protestos e reuniões em outras unidades da Caixa. "O problema é sério e exige de todos muita mobilização. O engajamento nessa luta tem que ser permanente", concluiu o presidente.    

Clique aqui para ver fotos do Dia Nacional de Luta em Maceió.

Mais Notícias

+ Ver todas