DIA DO BANCÁRIO: Categoria resiste na defesa da profissão e dos direitos

O Sindicato parabeniza os bancários e bancárias pela passagem do seu dia (28 de agosto), ao tempo em que conclama toda a categoria a intensificar a mobilização em defesa da profissão e dos direitos, duramente atacados pelo governo, os banqueiros e seus aliados políticos. Que esta quarta-feira seja de reflexão para o fortalecimento da nossa luta, que precisa conter as investidas contra o emprego, a carreira, a jornada de trabalho e o papel social dos bancos públicos, dentre outras conquistas que arrancamos no calor do combate, ao longo de várias décadas.

"A luta dos bancários para preservar os direitos e reagir a precarização do trabalho também é uma luta geral dos trabalhadores, porque estamos todos ameaçados e atingidos. Daí a importância da unidade, não só da classe trabalhadora, mas de todos que possam contribuir para reverter o retrocesso político, social, econômico, ambiental, democrático e de soberania que está em curso no país", reforça o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos.

História da categoria é de lutas e avanços

No dia 28 de agosto de 1951, os bancários decidiram cruzar os braços para reivindicar um reajuste salarial de 40%. Os bancos queriam dar apenas 20%.

Os índices oficiais do governo na época apontavam um aumento de 15,4% no custo de vida. Os bancários refizeram os cálculos e o próprio governo teve que rever seus índices, que saltou para impressionantes 30,7%. Depois de 69 dias de paralisação, os bancários conquistaram 31% de reajuste. Foi a maior greve da história da categoria. O dia 28 de agosto passou a ser considerado como o Dia do Bancário.

Muito além do reajuste

Mas, além do reajuste, a greve de 1951 também fez surgir sindicatos de bancários em vários pontos do país. Assim, também é indiscutível a importância da greve para a organização da luta da categoria, que de lá para cá obteve muitas outras conquistas. "Nossa categoria é a única do país com uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional. Nossas negociações são realizadas em mesa única, com bancos públicos e privados e nossas conquistas são válidas para bancários de todo território nacional", ressalta a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Outro mérito da greve de 1951, foi a contestação dos dados oficiais do governo. A partir daí, surgiram as bases para a criação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O Dieese nasceu com o objetivo de municiar os trabalhadores com dados estatísticos confiáveis.

Fundação da CUT

O dia 28 de agosto também deve ser comemorado como dia de luta por ser o dia de fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em 1983. Ainda durante a ditadura militar.

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