Bancários de Alagoas reforçam manifestação em defesa da Educação e da Previdência

Estudantes, professores e demais trabalhadores foram às ruas contra o corte de verbas na educação, pelo direito à aposentadoria e para pressionar o voto dos senadores

Bancários de Alagoas e de todo o país se juntaram a estudantes, professores e trabalhadores de várias categorias nas atividades do Dia Nacional de Mobilizações contra a Reforma da Previdência e em defesa da educação, realizado nesta terça-feira (13/08). Em Maceió, a concentração começou às 8 horas no antigo Cepa, bairro do Farol, de onde os manifestantes saíram em passeata até o Centro.

Clique aqui para ver fotos do protesto

A Avenida Fernandes Lima foi tomada por centenas de pessoas, que portavam faixas, bandeiras e cartazes, condenando a política educacional e a reforma previdenciária de Bolsonaro: ambas excludentes, privatizantes e que gera prejuízos aos mais pobres. O presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos, que esteve à frente da mobilização e comamndou os bancários no ato, destacou o índice de adesão e engajamento da população, que foi mais uma vez expressivo.

"Precisamos continuar lutando e resistindo. Nossa juventude, os trabalhadores conscientes, são a força e a esperança que temos para buscar reverter o retrocesso social, econômico e político implantado por esse governo entreguista", afirmou. O Dia de luta, acrescentou ele, também serviu para denunciar os deputados traidores do povo, que votam nas reformas que retiram direitos, e para pressionar os senadores, que vão votar a 'reforma' da Previdência nos próximos dois meses.

Os cortes nos investimentos para a educação e a proposta de alterações da Previdência só visam retirar direitos dos trabalhadores, assim como foi feito com a reforma trabalhista. Ao contrário do que o governo diz, a reforma da Previdência vai continuar beneficiando os mais ricos e os empresários, enquanto os pobres, que mais necessitam, terão que trabalhar muito mais para conseguir se aposentar.

Dentre as mudanças propostas para a Previdência, está a instituição da obrigatoriedade de idade mínima para aposentadoria, que passa a ser de 65 anos para os homens e 62 para mulheres. Além disso, para receber 100% do benefício, o trabalhador deverá contribuir por 40 anos. O tempo mínimo de contribuição será de 15 anos para mulheres e de 20 anos para homens. Neste caso, receberão apenas 60% do benefício.

O cálculo do benefício também muda, reduzindo os valores que serão pagos aos trabalhadores. Atualmente, os valores são calculados levando em conta 80% dos maiores salários de contribuição. Apenas os maiores valores são utilizados no cálculo. Com a reforma da Previdência, os valores passam a ser calculados pelo total das contribuições, mesmo as de menor valor. Isso derruba o valor médio das contribuições e leva à redução do benefício a ser pago aos trabalhadores.

Na Pressão

Ainda há tempo para lutar contra a aprovação da reforma da Previdência. Além de se mobilizarem nas ruas de todo o país, os trabalhadores podem enviar mensagens e pressionar os senadores a votarem contra a proposta que, se aprovada, tornará quase impossível o sonho da aposentadoria.

O site "Na Pressão" é uma ferramenta criada pela Secretaria de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para o envio de e-mails ou mensagens pelas redes sociais ou telefone para parlamentares, juízes, ministros e qualquer outra autoridade que represente o povo brasileiro.

O "Na Pressão" está disponível para todos os sindicatos, entidades e movimentos sociais parceiros, podendo ser usado em campanhas específicas dirigidas a instâncias regionais ou locais dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Mais Notícias

+ Ver todas