Ato em defesa da Lotex reúne bancários e outras categorias em Maceió

Manifestação condenou a política de privatização do governo, os cortes na educação e o desmonte da Previdência

Em mais um Dia Nacional de Luta em defesa da Caixa 100% pública, em que o foco foi protestar contra o leilão e a privatização da Lotex, diretores do Sindicato, empregados da Caixa e representantes de outras categorias de trabalhadores ocuparam na manhã desta terça-feira (28/05) a porta da Caixa Filial, em uma grande manifestação em defesa dos bancos e das empresas públicas, além da aposentadoria e da educação.

Convocado nacionalmente pela Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a mobilização em Alagoas reforçou a luta travada pelos empregados da Caixa em todo o país, que disseram em alto e bom som não concordar com a política entreguista do governo Bolsonaro, que privatiza a preço de banana empresas estratégicas para o país. "No caso da Lotex, cuja venda tem como finalidade fatiar e enfraquecer a Caixa, o lance mínimo do pregão foi fixado em R$ 156 milhões, mas seu real valor ultrapassa os R$ 4 bilhões", destacou Ismael Monteiro, diretor do Seec-AL e membro da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.

A manifestação na porta da Caixa Filial reuniu funcionários de outros bancos e empresas públicas, tais como Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Petrobras, além de dirigentes da CUT, APCEF, AEA e Sinteal. Além de engajados na luta contra a política privatista e de cortes nas áreas sociais, eles foram levar pessoalmente solidariedade à luta dos empregados da Caixa.

A venda da Lotex implica em sérios prejuízos para políticas sociais do Estado. Segundo balanço da Caixa, de 2011 a 2016 as loterias da Caixa arrecadaram R$ 60 bilhões. Desse total, R$ 27 bi foram destinados para áreas sociais. Apenas em 2016, as loterias operadas exclusivamente pela Caixa arrecadaram R$ 12,9 bilhões, dos quais R$ 4,8 bi foram transferidos para programas sociais ( 45,4% para a seguridade social; 19% para o Fies; 19,6 % para o esporte; 8,1% para o Fundo Penitenciário Nacional ; 7,5% para o Fundo Nacional de Cultura; e 0,4% para o Fundo Nacional de Saúde).

"A privatização dos bancos e empresas públicas significa não apenas o fim de políticas para a população, mas também o aumento do desemprego. Milhões de trabalhadores serão sumariamente demitidos ou forçados a aderir a PDVs, entrando para o rol de 13 milhões de desalentados", acrescenta Ismael Monteiro.

Participaram do ato desta terça-feira, além de diretores do Sindicato, a presidenta da CUT-AL, Rilda Alves, o presidente da APCEF-AL, Severino Filho, a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia, um diretor do Sindpetro, Jamison Gonçalves, um represestante da Conlutas, Paulo Bob, e o vice-presidente da Associação dos Aposentados da Caixa (AEA), Nivaldo Vasconcelos.

 

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