Protestos em Arapiraca abrem Dia Nacional de Luta nos Bancos Públicos

Diretores do Sindicato e funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco do Nordeste realizam desde a manhã desta terça-feira (4/12) manifestações nos bancos públicos de Arapiraca. Eles protestam contra a política privatista do novo governo, que pretende vender tudo que é público. As manifestações continuarão em Maceió nos próximos dois dias e fazem parte do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Bancos Públicos, convocado para quinta-feira (6) pela Contraf e o Comando Nacional dos Bancários.

"O ministro da economia no novo governo já disse que a intenção é privatizar as estatais... Todas elas... Portanto, não podemos esperar coisa boa. Temos que resistir desde já, de maneira forte e coesa", disse o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos. Em várias regiões do país estão acontecendo atividades de resistência, nas quais os bancários, além de protestarem, debatem os desafios, riscos e perspectivas dos ataques aos bancos públicos.

Na Caixa Econômica Federal, uma das mais visadas no governo Bolsonaro, entidades sindicais e associativas dos empregados lançaram, em outubro, uma nova campanha em defesa do banco público, que se chama "Não tem sentido enfraquecer, fatiar, reduzir & privatizar a Caixa". O objetivo é mobilizar os trabalhadores do banco e a sociedade a fim de mostrar a importância social da Caixa.

"É fundamental que os bancários dos três bancos e a população estejam juntos nesta luta, defendendo a função social e pública das empresas. Afinal, com o enfraquecimento e a privatização delas, serão os funcionários e a sociedade os maiores prejudicados, sobretudo as pessoas físicas e jurídicas de menor renda, que necessitam dos programas sociais e de financiamento", destacou Márcio dos Anjos.

Graças à resistência das entidades representativas dos empregados da Caixa, o governo federal fracassou na tentativa de privatizar ainda este ano a Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex). Essa privatização é a porta de entrada para a entrega de outros setores das loterias e do banco para a iniciativa privada.

Os governos neoliberais, a exemplo do Temer e do que foi eleito, atacam os bancos públicos e sua função social por todos os lados. Aproximam as instituições cada vez mais de uma lógica exclusivamente de mercado, prejudicando empregados e ameaçando suas funções. A luta em defesa desses bancos e da sua função social é a mesma luta em defesa dos empregos e direitos dos empregados.

Fonte: Seec-AL

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