Luta em defesa do Produban completa 30 anos

Há 30 anos, no dia 16 de novembro de 1988, o estado de Alagoas e a categoria bancária sofriam um duro golpe: a intervenção federal no Banco do Estado de Alagoas (Produban). A medida, que afetou a vida pessoal e profissional de centenas de funcionários, além de influir negativamente para o desenvolvimento socioeconômico de Alagoas, evoluiu ao longo dos anos para o fechamento definitivo da instituição, que veio a ocorrer em 1997.

Por mais de oito anos seguidos, os bancários do Produban e o Sindicato, com o apoio da sociedade, da classe política e de outras instituições, desencadearam uma imensa e forte mobilização, buscando recuperar o banco público, evitar seu fechamento e garantir o emprego de centenas de pais e mães de família. O banco foi reaberto, mas fechado novamente em 1995, passando a partir de então por uma liquidação extrajudicial.

A luta dos funcionários e do Sindicato foi longa e difícil, retardou o encerramento das atividades, mas não conseguiu reverter o pior. Em todos os momentos da batalha, trabalhadores e sua entidade defenderam não apenas os postos de trabalho, mas a importância do banco para a população e a economia alagoana.

Minado de problemas deixados pelos governos que serviram a ditadura militar, sobretudo problemas de liquidez, o Produban fechou definitivamente no governo de Fernando Henrique Cardoso, apesar de propostas do Sindicato para sanear a instituição. Débitos gigantescos das usinas de açúcar e do setor hoteleiro de Alagoas, que obtiveram empréstimos privilegiados e não pagaram, contribuíram de forma significativa para o fechamento da instituição.

Outro fator determinante para o fechamento do Produban foi a política privatista do governo FHC, que patrocinou durante seus oito anos de mandato o desmantelamento dos bancos estaduais e federais, visando entregá-los aos banqueiros nacionais e estrangeiros.

Ao completar 30 anos da primeira intervenção no Banco do Estado de Alagoas, o Sindicato se sente no compromisso de lembrar o episódio não apenas pelo infortúnio que ele causou aos funcionários, ao povo e à economia de alagoana, mas pela lição de luta que deram a entidade e os trabalhadores. Ao tempo em que se solidariza com todos os atingidos, a diretoria do Seec-AL reitera seu repúdio aos 'coveiros' do banco alagoano, sobretudo os segmentos da elite econômica que deram calote no banco público.

Fonte: Seec-AL      

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