Trabalhadores voltam às ruas contra a reforma da Previdência

Bancários participam de marcha pelas ruas do centro de Maceió

Centenas de jovens e trabalhadores voltaram a ocupar as ruas do centro de Maceió nesta terça-feira (5) para protestar contra a reforma da Previdência e as articulações do governo para votar a proposta este ano. A mobilização, convocada em âmbito nacional pela CUT e demais centrais sindicais, também foi um recado para a Câmara dos Deputados, cujos parlamentares precisarão dos votos dos trabalhadores para se reeleger no próximo ano.

"Deputado que votar nessa reforma golpista, que acaba com a Previdência e impossibilita a aposentadoria, será implacavelmente marcado pela população e o movimento sindical. Vamos denunciar um a um, até as eleições de outubro", disse o diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários, Ismael Monteiro, durante a marcha que seguia pelo Centro. Outros diretores da entidade também reforçaram a manifestação, portando faixas, bandeiras e gritando palavras de ordem.

A manifestação substituiu a greve nacional convocada pelas centrais sindicais para esta terça-feira, e que foi suspensa após a Câmara dos Deputados adiar a votação da reforma, que estava marcada para amanhã (6). Agora, o governo golpista e seus aliados trabalham com a possibilidade de votar o projeto na semana que vem, o que mantém os trabalhadores sob vigília e mobilização.

Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, o governo insiste em colocar a proposta em votação apesar de já ter feito as contas e saber que não tem os 308 votos necessários para aprovar as mudanças.  Mas a maioria dos deputados não pretende aprovar a proposta porque está com medo de não ser reeleito.

"A pressão que estamos fazendo em suas bases e nas redes sociais está surtindo efeito e precisa ser ampliada com a conscientização de toda a sociedade de que se a reforma for aprovada, milhões de brasileiros ficarão sem aposentadoria. E isso está sendo feito nos atos de hoje", afirmou.

Os atos contra a reforma da Previdência acontecem em 25 estados. Em Maceió começou no início da manhã, com a concentração dos trabalhadores na Praça Sinimbu.  

Seec-AL          

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