Bancários vão às ruas no Dia de Luta pela Soberania Nacional

Defesa dos bancos públicos foi uma das bandeiras levantadas durante os protestos

Bancários dos quatro cantos do país reforçaram nesta terça-feira (3) as manifestações do Dia de Luta pela Soberania Nacional, convocado pelas centrais sindicais, movimentos sociais e outros segmentos da sociedade para reagir a agenda de privatizações do governo Temer, barrar a liquidação do patrimônio público, proteger nossas riquezas e defender as empresas estatais. Em Alagoas, houve um ato em frente à sede da Eletrobrás, seguido de passeata até a Praça do Centenário.

Uma das bandeiras do Dia Nacional de Luta foi a defesa da Caixa, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e BNDES, que passam por reestruturações e estão perdendo a função social e de banco público. Há rumores de que as instituições estão sendo preparadas para a privatização ou fusão, para destinar mais dinheiro ao governo golpista e render lucros ao capital financeiro.

No geral, o plano do governo e seus aliados é privatizar/desestatizar 57 empresas públicas, incluindo portos, hidrelétricas, rodovias, aeroportos, loterias, Casa da Moeda, Pré-sal e reservas minerais em florestas da Amazônia. Trabalhadores desses e outros segmentos participaram ativamente das manifestações desta terça-feira, para dizer não ao projeto de desnacionalização da economia brasileira.

"As consequências desse projeto serão catastróficas. Perderemos não apenas riquezas e o controle de setores estratégicos, mas a fonte de financiamento para áreas fundamentais à população, como a saúde, a educação, as políticas públicas e os programas sociais", disse o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos, que participou do Dia de Luta no Rio de Janeiro, centro das manifestações em âmbito Nacional.

Diretores do Sindicato também marcaram presença nos protestos de Maceió, defendendo os bancos públicos e as outras empresas ameaçadas pelo governo. O principal ato, em frente à sede da Eletrobras, serviu para fortalecer a luta contra a privatização da distribuidora, já anunciada por Brasília.

"Quando dizíamos que o golpe contra o governo anterior tinha objetivos mais que políticos, muita gente não acreditou. Hoje vemos o que realmente estava em jogo, que era a entrega total do nosso patrimônio e o fim dos direitos dos trabalhadores", disse o diretor do Sindicato Juan Gonzales, que falou em nome dos bancários.

Defenda a Caixa Você também

Nas manifestações do Rio de Janeiro, foi lançada pela Fenae, Contraf-CUT e Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE-Caixa) a campanha "Defenda a Caixa Você Também", que visa intensificar e fortalecer a luta em defesa da Caixa 100% pública. "A ideia da campanha é mostrar como a Caixa é essencial em áreas como habitação, saneamento, infraestrutura, educação, esporte, cultura, agricultura. Enfim, para a vida dos trabalhadores e brasileiros em geral", disse o diretor do Sindicato e membro da CEE-Caixa Ismael Monteiro, também presente no ato do Rio.     

A manifestação na capital fluminense começou por volta das 11 horas, em frente ao prédio da Eletrobrás, na avenida Presidente Vargas, e seguiu com paradas no BNDES e Petrobrás. A coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano, lembrou que a desvalorização dos bancos públicos atinge diretamente o trabalhador bancário. "Os bancários já sofrem com as reestruturações, fechamentos de agências e lançamentos de Planos de Demissões Voluntária. Se tem menos funcionários, eles têm que trabalhar o dobro", afirmou.

Seec-AL           

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