Sindicato protesta na Assembleia Legislativa contra a reestruturação do BB

Dando sequência às atividades de mobilização contra o pacote de reestruturação do Banco do Brasil, o Sindicato realizou protesto nesta quinta-feira (1º) na Assembleia Legislativa do Estado, onde havia sessão solene para comemorar os 100 anos da instituição em Alagoas. O evento, que reuniu deputados, prefeitos, dirigentes do banco, representantes do governo estadual e membros do Ministério Público, foi ideal para que os diretores do Seec-AL denunciassem as medidas que vão reduzir e desestruturar o BB enquanto banco público e voltado para o desenvolvimento.

O protesto começou com faixas colocadas no plenário da ALE e terminou com pronunciamentos na tribuna do Legislativo. O presidente do Sindicato, Jairo França questionou a justificativa do BB para as mudanças que estão em curso, e que se baseia na priorização do banco digital. "Será que vale a pena esse esvaziamento da empresa só para economizar em custos e aumentar a rentabilidade? Será que este modelo se adequa a um banco público? Será que o povo está preparado para operar com agência tecnológica", indagou ele, protestando ainda contra o fechamento de unidades, o desligamento de pessoal, o fim das gerências administrativas e a extinção de funções, entre outras medidas do pacote.

O presidente do Sindicato não deixou de parabenizar os 100 anos do BB em Alagoas, mas ressaltou que o banco precisa continuar sendo do Brasil. "Peço aos deputados que nos ajude a manter o banco público, do povo, voltado para o povo, em benefício do povo, e trazendo o bem-estar para os seus funcionários", concluiu.

A diretora do Seec-AL Arivoneide Moraes, funcionária do BB, fez um rápido histórico sobre a empresa entre a década de 90 e os dias atuais, mostrando que em determinados períodos a sua função de banco público esteve ameaçada. Em 95 com o PDV e o desmonte do governo FHC, e agora com a reestruturação e o desmonte do governo Temer. "Nos governos Lula e Dilma o BB assumia um papel mais social, tínhamos concurso público, havia reserva de concursados. Hoje o banco quer imitar o Bradesco, aliando-se a um projeto digital que não era permitido no governo anterior", destacou.

Arivoneide pediu aos deputados e à Assembleia Legislativa que cobrem explicações do Banco do Brasil a respeito do pacote de reestruturação, sobretudo no que se refere ao fechamento das agências, postos de atendimento e redução de pessoal. "Eles precisam dizer porque vão fechar unidades como a do Jacintinho, onde está uma ampla comunidade carente. Quais foram os critérios? O banco não tem compromisso social com o povo do Jacintinho?", indagou.

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Fonte: Seec-AL     

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