Sindicato orienta ampliação e fortalecimento da greve

Embora a greve nacional dos bancários supere os 87% de adesão em Alagoas, o Sindicato orienta a categoria a ampliar e fortalecer ainda mais o movimento, de maneira a restringir toda e qualquer atividade que dê sobrevida aos bancos. Depois da 'ridícula' negociação da quinta-feira (15), quando os banqueiros voltaram à mesa sem qualquer proposta nova, não resta alternativa aos trabalhadores a não ser radicalizar a paralisação.

Em âmbito nacional, a greve continua intensa, apesar da pressão e das ameaças dos bancos. Na sexta-feira (16), foram paralisadas 12.727 agências e 52 centros administrativos. "O movimento vem crescendo mesmo com o aumento da repressão e continuará até que haja uma nova rodada de negociação e os banqueiros apresentem proposta que contemple as reivindicações dos bancários", destaca o Comando Nacional dos Bancários.

Para ajudar na mobilização em Alagoas, o Sindicato mandou imprimir uma carta aberta à população, na qual explica os motivos da greve e responsabiliza os banqueiros pela paralisação. Produzido pela Contraf-CUT, o panfleto busca convencer a sociedade a apoiar o movimento.

Por que a greve continua

A greve continua devido à intransigência dos banqueiros, que na última rodada de negociação mantiveram a proposta rebaixada de 7% de reajuste nos salários, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3,3mil.

Os bancários reivindicam reposição da inflação do período (9,62%) mais 5% de aumento real, entre outras demandas de saúde, condições de trabalho, segurança, igualdade de oportunidades e garantia de emprego.

"A nossa greve vem sofrendo desrespeitosos ataques por todo o Brasil. Ameaças e pressões buscaram fazer com que os grevistas encerrassem seu protesto contra a ganância dos banqueiros. Não foram ações isoladas. Foi uma retaliação organizada pelos bancos pela recusa dos bancários e bancárias em aceitar resignadamente a redução dos seus salários. Foi mais uma ação antissindical infrutífera. Confundiram a sociedade, mas não nos derrotaram. Mais uma vez prevaleceu a vontade, a garra e a determinação de cada bancário e bancária. Nossa unidade nacional e mobilização. A greve aumentou" salientou o presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten.

Principais reivindicações dos bancários

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.

PLR: 3 salários mais R$8.317,90.

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).

Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Seec-AL e Contraf-CUT

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