BNB divulga lucro de R$ 747 milhões, mas só paga PLR em abril

A Diretoria do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) divulgou dia 24/2 o balanço de 2014 com lucro líquido nominal recorde na história da Instituição: R$ 747,8 milhões. Apesar da proclamação dos resultados ter sido feita há uma semana, o pagamento da 2ª parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do exercício de 2014 aos funcionários somente ocorrerá em abril, mas de 40 dias após a publicação do lucro da Empresa no ano passado.

O movimento sindical bancário mais uma vez critica essa demora, tendo em vista que todos os demais bancos do Sistema Financeiro Nacional já distribuíram a PLR integralmente aos seus funcionários. Segundo o Banco, o pagamento só pode ocorrer depois da distribuição dos dividendos aos acionistas, o que ocorrerá somente após a Assembleia Geral de Acionistas, convocada para 31 de março próximo.

É questionável essa demora para realizar a Assembleia de Acionistas, pois o Banco do Brasil, por exemplo, é submetido à mesma legislação, divulgou seu balanço não muito antes do BNB é já quitou a PLR com o seu funcionalismo dia 27/2.

 As entidades sindicais coordenadas pela Contraf-CUT entendem que os principais motivos para o exuberante lucro do BNB estão na expansão acelerada de sua rede de agências e do seu número de funcionários —; variáveis que mais que dobraram nos últimos dois anos. Essas variáveis foram insistentemente reivindicadas nas mesas de negociação com a direção do BNB pelas entidades sindicais e resultaram no crescimento das operações e recuperação de crédito, muitas vezes às custas da extrapolação da jornada de trabalho e de expediente em finais de semana no que o Banco convencionou chamar de mutirão.

É possível para o Banco antecipar o pagamento da PLR em respeito ao aperto financeiro vivido por grande parte do funcionalismo que, em função da defasagem salarial, conta com essa remuneração variável para complementar sua renda mensal comprometida, no início do ano, com as já tradicionais despesas extraordinárias. As entidades representativas do funcionalismo continuarão cobrando o pagamento dos direitos dos trabalhadores do BNB no mesmo tempo dos demais trabalhadores dos bancos federais.

O Sindicato dos Bancários de Alagoas não descarta a possibilidade de um dia de paralisação  no banco em protesto contra esse atraso, a exemplo do que aconteceu no ano passado.

Fonte: SeecAL com Seeb/CE

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