Após pressão, Santander promete enquadrar gestores que praticam assédio moral

Três dias após a paralisação nas agências do Santander para protestar contra o assédio moral dos gestores em Alagoas, o Sindicato recebeu nesta segunda-feira (18/08) a superintendente de Relações sindicais do banco, Fabiana Silva Ribeiro, a quem expôs todos os problemas enfrentados pelos funcionários. A representante da direção ouviu atentamente as denúncias feitas pelos diretores do Sindicato, e assumiu o compromisso de se reunir pessoalmente com os gestores para solucionar as irregularidades.

“;Saio daqui com uma lição de casa, e não saio com lição de casa que não seja para resolver”;, disse ela. A superintendente, que esteve no Sindicato acompanhada do consultor Marcos Schmitz, manifestou surpresa com a quantidade e o nível dos problemas encontrados, classificando o comportamento e a prática dos gestores como improducentes. “;A cartilha que passamos no banco vai em outro sentido”;, acrescentou.

A intensidade do assédio moral no Santander é tão grande que metade dos funcionários em Alagoas estão de licença médica, tratando-se de depressão, síndrome do pânico, LER/Dort e outras doenças. Além da pressão para cumprir metas abusivas, dos constrangimentos que sofrem dos gerentes e da sobrecarga de trabalho - devido ao número reduzido de pessoal - os bancários são constantemente ameaçados por clientes e usuários por causa das filas e da ineficiência no atendimento.

“;Muitos bancários do Santander perderam o gosto pelo trabalho. Alguns têm menos de um ano no banco e já passam mal ao ter que entrar em sua agência”;, relatou Míriam Albuquerque, diretora do Sindicato, para a superintendente do banco. O presidente do Seec-AL, Jairo França, também citou vários casos de perseguição contra o funcionalismo, reafirmando que o clima de trabalho nas unidades tornou-se insuportável. “;O pessoal veio nos pedir socorro e está disposto a assinar uma denúncia coletiva contra esses gestores”;, afirmou.

O Sindicato espera que, após a reunião com a superintendente de Recursos Humanos, as relações e as condições de trabalho no Santander passem a ser compatíveis com a legislação e a dignidade humana, sem a perseguição e os requintes de crueldade vivenciados no momento. “;Esperamos que essa conversa resulte em mudanças de gestão e traga bons frutos, tanto para as pessoas quanto para o ambiente de trabalho”;, destaca Juan Gonzalez, diretor de Comunicação do Seec-AL.

A superintendente Fabiana Ribeiro disse que as orientações do banco estão sendo seguidas de forma errada em Alagoas, e que desse jeito não pode. “;Se em outras regionais a política do Santander está dando certo, por que não aqui?”;, indagou. Ela também prometeu ver um redimensionamento das metas do Santander para o Estado, de forma que leve em conta a capacidade do mercado.

O Sindicato reivindicou ainda a contratação de mais funcionários, inclusive de gerentes, haja vista que várias agências estão com gerências vagas, ou com gerentes emprestados de outras unidades. A representante do banco anotou a solicitação e ficou de buscar solução.

Fonte: Seec-AL

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