Bancários de Alagoas querem mais ganhos reais na Campanha deste ano

Aumento real, ampliação do piso, PLR maior, combate ao assédio moral e fim das metas abusivas. Estas são algumas das principais reivindicações que os bancários de Alagoas querem incluir na Campanha Nacional deste ano, cuja pauta será definida nos dias 25, 26 e 27, durante a 16ª Conferência Nacional da categoria.

As prioridades foram apontadas na consulta realizada pelo Sindicato e a Contraf-CUT, que ocorre todos os anos antes da deflagração da Campanha. Além de reivindicarem melhorias econômicas, de saúde e de condições de trabalho, os bancários do estado também querem mais contratações, segurança e o cumprimento da jornada de seis horas para todos.

A consulta registra que, para o reajuste salarial deste ano, a categoria deve pedir um índice entre 10,1% e 15%, somando as perdas com a inflação e o aumento real de salário. Ela também defende o pagamento de um adicional de 30% a título de risco, devido a exposição aos assaltos, que seria aplicado nas agências, postos e tesourarias.

Um dado importante revelado na consulta é que mais de 22% dos bancários pesquisados estiveram afastados do trabalho nos últimos doze meses por motivo de saúde. Um percentual semelhante de trabalhadores usou remédio controlado no período. Os números reforçam as denúncias feitas pelo Sindicato e a Contraf-CUT - constatadas pelo INSS - de que a pressão, a sobrecarga de trabalho, as metas abusivas e o assédio moral têm resultado cada vez mais no adoecimento da categoria, sobretudo de forma psíquica.

As assembleias e a greve são as principais formas de participação dos bancários alagoanos na Campanha Nacional da categoria. Mas uma parcela significativa revelou que não esteve presente nas mobilizações do ano passado, o que preocupa o Sindicato. Sãos as mobilizações, além da greve nacional, que dão visibilidade à Campanha e ajudam a pressionar os bancos na mesa de negociação.

A consulta deste ano também ouviu os bancários sobre alguns temas políticos que fazem parte da conjuntura nacional e são de interesse dos trabalhadores. Um total de 85% dos pesquisados acham que o Brasil deve debater a democratização da mídia (meios de comunicação) e 83% querem o fim do financiamento privado nas campanhas eleitorais.

Mais Notícias

+ Ver todas