Diretora agredida na greve busca providências na polícia
Diretores do Sindicato estiveram na Delegacia da Mulher nesta terça-feira (8/10) para uma audiência de esclarecimento a respeito das agressões física e verbal praticadas por um cliente do Itaú contra a diretora Míriam Albuquerque.
O incidente, ocorrido semana passada na agência Ponta Verde, chegou a mobilizar a polícia, resultando em um boletim de ocorrência contra o agressor. Além de ofender a dirigente sindical com palavras de baixo calão, ele a empurrou contra a porta da agência, causando lesão em seu braço.
Um exame de corpo de delito, realizado pela diretora, foi entregue à policia. O Sindicato espera que, com as provas materiais e testemunhais do ocorrido, o agressor pague pelos seus atos.
"Não podemos admitir que os colegas bancários, do Sindicato ou da base, sejam agredidos porque estão fazendo greve. Este é um direito constitucional do trabalhador. A imensa maioria dos clientes e usuários tem essa compreensão, mas, infelizmente, existe quem se ache no direito de tumultuar o processo", disse o presidente do Sindicato, Jairo França.
De acordo com a diretora Míriam, o clima no Itaú da Ponta Verde ficou tenso a partir do momento em que o gerente quis abrir a agência 'no grito'. "Ele disse que abriria a unidade de qualquer jeito. Tentamos argumentar, mas ele manteve sua postura autoritária e aumentou a discussão. Daí uma pessoa, na sala de autoatendimento, também se voltou contra nós, em virtude de se achar prejudicada pela paralisação. Completamente transtornada, passou a me agredir verbalmente e me empurrou. Isto depois de tentarmos de toda maneira apaziguar os ânimos", conta ela.
O Sindicato lamenta que a ira dos clientes citados não tenha sido contra os banqueiros, verdadeiros responsáveis pela greve. São eles que cometem as mais variadas atrocidades contra os trabalhadores e os consumidores bancários, explorando e humilhando diariamente a população brasileira.
Ao tempo em que se solidariza com a colega agredida, o Sindicato repudia a atitude do gerente do Itaú, que deveria respeitar a decisão majoritária da categoria, e não alimentar situações deploráveis como a ocorrida.
A audiência marcada para hoje na Delegacia da Mulher teve de ser adiada, em virtude da ausência do denunciado. Ele será notificado novamente sobre uma nova data.
Fonte: Seec-AL