Sindicato discute reestruturação com o Itaú

 

Fechamento de agências e funcionários afastados também estiveram na pauta da reunião

Diretores do Sindicato estiveram reunidos na quinta-feira (11/02) com o departamento de Relações Sindicais do Itaú para discutir importantes demandas do funcionalismo, em especial os desdobramentos do projeto de reestruturação, denominado pelo banco de "VAREJO 20/30". Outros assuntos abordados foram o fechamento de agências e a situação dos funcionários afastados na pandemia.

Cobrado para explicar os rumores sobre o fechamento de unidades, o banco negou que haja intenção de acabar com as agências físicas por causa da tecnologia e do avanço da digitalização. Segundo eles, a agência física é uma marca valiosa da instituição e não tem como abdicar desse patrimônio. Mas está previsto, pelas novas circunstâncias, o fechamento de algumas unidades.

O Sindicato manifestou preocupação com a possibilidade de fechamento, sobretudo em Alagoas, onde há uma forte demanda de atendimento ao público. Foi lembrado na reunião que, no ano passado, o Itaú passou a operar a folha de pagamento da Prefeitura de Maceió, aumentando consideravelmente o número de clientes, usuários e operações bancárias. Os representantes do banco admitiram que duas agências não foram encerradas em 2020 devido a captação da conta da prefeitura.

Em relação aos funcionários afastados na pandemia, foi dito pelo banco que a intenção é mantê-los em atividade, através do trabalho remoto (home office). Para aqueles que estão sem atuar, serão designadas tarefas. O Sindicato questionou sobre a demora dos equipamentos e mobiliário que devem ser fornecidos aos trabalhadores pelo banco, e sobre a compensação das horas não trabalhadas, ambos estabelecidos no acordo de teletrabalho assinado no ano passado.

Os representantes do Itaú disseram que  o banco de horas de 2020 terá compensação agora em 2021, e que as horas negativas de 2021 serão abonadas  até o fechamento de um aditivo.  

Quanto aos equipamentos para o home office (notebook, teclado, mouse e cadeira ergométrica), o banco afirma que ainda não disponibilizou para todos porque está tendo dificuldade com os fornecedores. Como são milhares de produtos para milhares de funcionários, não está sendo possível adquirir tudo em curto espaço de tempo.

Por fim, foi tratado na reunião sobre a reestruturação (Projeto Varejo 20/30), com os representantes do banco explicando alguns aspectos. Segundo o departamento de Relações Sindicais, tal projeto vem sendo trabalhado de forma experimental nas cidades de Guarulhos-SP e São José do Meriti-RJ, mexendo com a estrutura funcional da instituição financeira.

Dividido basicamente em duas áreas, a operacional e a comercial, com suas respectivas diretorias, o Itaú terá, a partir do projeto, apenas uma área, a exemplo do que era com o Unibanco - antes da fusão. Ela englobará caixas, supervisores, gerentes de vendas e demais funções.  Apenas um gestor será responsável por tudo.

Com a mudança, a função/nomenclatura de caixa deixará de existir, transformando-se na função de agente de negócio. Os atuais gerentes operacionais também serão extintos, passando à função de gerente de atendimento. Já o gerente geral comercial passará a ser gerente geral de atendimento. No caso dos agentes de negócio (antigos caixas), todos deverão ter a CPA-10 (Certificação Profissional da Anbima).

O Sindicato ponderou que tais mudanças devem ser discutidas com os trabalhadores, que são os principais afetados com a reestruturação. A entidade também cobrou que não haja perdas para os funcionários na implantação das medidas, seja financeira, seja profissional. Os representantes do banco garantiram que não haverá qualquer prejuízo financeiro aos trabalhadores, nem rebaixamento funcional.

Estiveram na reunião com o departamento de Relações Sindicais do Itaú os diretores do Sindicato Cláudio Gama (Jurídico), José Aragão (Cultura) e Luciano Santos (Aposentados). Pelo banco participaram Romualdo Gabos, Marina de Farias e Adriana Pereira.

As discussões com o Itaú prosseguiram na sexta-feira (12/02), em São Paulo, através da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú. Para saber do resultado da reunião, clique no link abaixo:

COE itaú conquista modelo de compensação do banco de horas negativas

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