Negociações do Sindicato e do Comando Nacional salvaram vidas de bancários

Se as precauções não tivessem sido tomadas a tempo, a situação na categoria poderia ser pior

O trabalho do Comando Nacional dos Bancários e ações desenvolvidas pelos sindicatos podem ter salvado muitas vidas na categoria. Depois das negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), iniciadas em 12 de março, e do acompanhamento dos acordos por parte das entidades sindicais, cerca de 2.200 agências bancárias foram fechadas em todo o país durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). O montante equivale a aproximadamente 10% dos estabelecimentos no Brasil.

"Meus sinceros sentimentos aos familiares dos bancários e bancárias que faleceram pelo novo coronavírus. Foram 22 em todo o Brasil. Sei que toda a luta do Comando e dos sindicatos, pelos EPIS, teletrabalho, ajudou a salvar muitas vidas. E seguiremos lutando", garantiu Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional.

Segundo o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos, que integra o Comando Nacional, o número de infectados na categoria chega a 500. Ele destaca, porém, que há subnotificação dos casos.

Para evitar um número ainda maior, o Comando Nacional dos Bancários e a Febraban acordaram que funcionários pertencentes ao grupo de risco ou que coabitem com pessoas do grupo de risco trabalhariam de casa. Atualmente, cerca de 300 mil dos 450 mil bancários do país estão em home office, alguns em esquema de revezamento, segundo a Febraban.

"Estamos em processo de negociação permanente, o que possibilitou colocar muita gente em casa. Avaliamos que isso salvou muitas vidas", afirmou a presidenta da Contraf-CUT.

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