Bancários estão entre as vítimas fatais da Covid-19

Sindicato se solidariza com trabalhadores e cobra ações protetivas do poder público

Bancários do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia entraram para as estatísticas das vítimas fatais da Covid-19, deixando para seus familiares e amigos sentimento de dor, perda e revolta. São pelo menos quatro trabalhadores de instituições financeiras, que atuavam no Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

O Sindicato dos Bancários de Alagoas lamenta profundamente o falecimento trágico e repentino dos colegas, além de manifestar solidariedade aos filhos, esposas e demais familiares. A entidade torce para que novas mortes não venham a ocorrer, e para que a escalada da pandemia termine, poupando milhares de vidas em Alagoas, no Brasil e no mundo.

Os bancários tem sido cuidadosos no ambiente de trabalho e no atendimento seletivo a clientes e usuários, buscando, ao máximo, evitar a contaminação pelo novo Coronavirus. Entretanto, tem sido poucas e ineficientes as ações do poder público, que se omite ou exita em adotar medidas protetivas, sobretudo quando se trata do sistema financeiro. É como se o setor fosse intocável, o que deixa milhares de trabalhadores e usuários dependendo da boa vontade dos bancos, e por vezes entregues à própria sorte.

É notório e inaceitável a aglomeração de pessoas nas agências bancárias, incluindo os postos de autoatendimento, sobretudo no interior do Estado. Não se vê um órgão ou agente público que fiscalize, oriente ou puna. No caso do banco, manter as aglomerações fora das suas dependências basta, porque ele entende que na rua as coisas fogem da sua responsabilidade.

No intuito de minimizar as aglomerações e reduzir a possibilidade de contaminação do vírus, o Sindicato já apelou, oficialmente, ao governo do Estado e à Vigilância Sanitária Estadual, solicitando medidas restritivas, de fiscalização e de controle nos bancos. Mas até o momento, após três decretos de quarentena e isolamento social, o Estado não atendeu as solicitações. Uma delas seria incluir o atendimento presencial nas agências (exceto os essenciais) entre as atividades que estão proibidas.

Os bancos também precisam fazer muito mais do que já fizeram para proteger a saúde e a vida dos seus funcionários. É inadmissível, por exemplo, que só agora, quando a pandemia da Covid-19 está entrando em seu auge, a Caixa Econômica comece a distribuir máscara e álcool gel para os empregados. Sem falar que o banco ainda não atendeu a reivindicação de agendar por telefone o atendimento presencial, solicitada pelo Sindicato e o Comando Nacional dos Bancários.

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