Defesa dos bancos públicos será tema de exposição na 9ª Bienal do Livro de Alagoas

O Sindicato dos Bancários de Alagoas marcará presença nesta quinta-feira, dia 7 de novembro, na 9ª Bienal Internacional do Livro, realizada desde a última sexta-feira em Maceió. A entidade usará o estande da CUT para divulgar a campanha em defesa dos bancos públicos, além de aborda r junto à população a saúde do trabalhador.

Materiais como cartazes, folhetos, livros e vídeos, entre outros, serão expostos e distribuídos com o público, visando conscientizar a todos sobre a importância da Caixa, Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Os informativos também denunciam a política de desmonte implantada pelo governo nos bancos públicos, que tem por objetivo enfraquecê-los, para depois privatizar.

"Vamos levar informação verdadeira à população, que está sendo bombardeada com propagandas enganosas do governo sobre as privatizações. Além de combater as mentiras e fakes, buscaremos mais apoio da sociedade para resistir a esse projeto entreguista, que fere a nossa soberania, e que vende a preço de banana empresas estratégicas", destaca o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos.  

A ação do Sindicato na Bienal do Livro se soma a diversas outras manifestações pelo país, quando bancários de diversos estados se unirão a outras categorias profissionais para protestar contra os ataques à soberania nacional e às empresas públicas e às estatais.

Os protestos foram convocados pela CUT e demais centrais sindicais, e visam a ampliação e a intensificação das mobilizações em defesa do patrimônio dos brasileiros, constituído pelas empresas públicas, pelas empresas estatais e pela riqueza representada pelos recursos naturais, incluindo todo o potencial do Pré-Sal.

Leilão do Pré-Sal

O Brasil deve assistir nesta semana a um megaleilão na área de petróleo e gás. Nesta quarta (6/11), o governo vai colocar à venda quatro áreas exploratórias no pré-sal na Bacia de Santos, esperando alcançar até R$ 106,6 bilhões. Doze empresas vão disputar a rodada, entre elas a Petrobras —; que exerceu direito de preferência para operar duas áreas, Búzios e Itapu. No entanto, a maior parte do patrimônio deverá ir para a iniciativa privada, desfalcando o país de um grande tesouro cujo retorno deveria ser destinado ao desenvolvimento do povo brasileiro.

Segundo especialistas do setor, a venda representa um desmonte do setor energético do país, com sequelas irreversíveis. Hoje o pré-sal já responde por mais da metade da produção nacional e ajudou a Petrobras a bater a marca dos três milhões de barris diários. O valor que está sendo cobrado por barril na venda da cessão onerosa está calculado na casa do US$ 6 a US$ 7. Com um custo de produção de US$ 10, chegando a US$ 20 com os impostos e transferências, os vencedores do leilão vão ganhar seis, sete e até oito vezes mais do que isso, vendendo esse mesmo barril no mercado internacional a US$ 60 dólares.

Considerada uma avaliação mínima de 6 bilhões de barris, o ganho com a comercialização do óleo chegará a R$ 800 bilhões, podendo atingir até R$ 2 trilhões. Ou seja: o governo vai vender por R$ 100 bilhões o que vale, por baixo, R$ 900 bilhões. “;Com a venda, o petróleo brasileiro vai servir para que empresas multinacionais lucrem ainda mais, enquanto a população não verá um centavo dessa riqueza. É mais um ataque a uma grande e lucrativa empresa nacional, uma privatização fatiada em setor estratégico e que atinge em cheio a soberania brasileira”;, destaca a coordenadora do Comitê nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano.

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