Dia de Luta em Alagoas pressiona BB a reabrir negociação sobre a Cassi

Sindicato convoca funcionários a assumirem com mais ênfase defesa da Caixa de Assistência

Unidade, mobilização e engajamento na luta. Esses foram apelos feitos pelo Sindicato a cada funcionário do Banco do Brasil, durante manifestações realizadas nesta quinta-feira (22/08), no Dia Nacional de Luta em defesa da Cassi. Sem o compromisso pessoal e a soma de esforços para exigir do BB uma solução negociada, que restabeleça a viabilidade da Caixa de Assistência, a situação futura será de grandes prejuízos. 

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"Temos que chamar o banco para a sua responsabilidade, não apenas como patrocinador da Cassi, mas como gestor da vida e da saúde dos funcionários", disse o diretor do Sindicato e bancário do BB Carlos Alberto Oliveira, durante visita nas agências e diálogo com os trabalhadores. Ele alertou que o prazo para resolver a situação financeira e de sustentabilidade do plano de saúde está se esgotando, não restando alternativa aos associados senão encostar o banco na Parede.

Deliberado no Encontro Nacional dos Funcionários, realizado de 1º a 2 de agosto, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi mobilizou milhares de bancários pelo país. O objetivo, além de protestar contra o ônus da crise sobre as costas dos trabalhadores, foi dialogar com o funcionalismo, convocando-o para pressionar o banco a reabrir a negociação. "Devemos esquecer as votações que ocorreram até agora. Não importa quem foi contra ou a favor de determinadas propostas. Precisamos é reabrir o diálogo e construir uma saída negociada, que seja boa para o BB e para os trabalhadores", acrescentou Carlos Alberto.

O diretor Nilson Roberto, também funcionário do banco, engrossou a reação das entidades do funcionalismo contra a última saída apontada pela empresa, que seria disponibilizar apenas 4,5% dos salários, ou benefícios dos associados, para custear o plano de saúde. "Isto não vai resolver o problema. Isto não paga a saúde dos trabalhadores", disse ele, lamentando que a direção da Cassi tenha endossado a proposição do banco. "Queremos que a Cassi se junte aos associados e cobre a reabertura das negociações", defendeu.

O Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi também serviu para protestar contra a política de desmonte do Banco do Brasil, acelerada pelo recente Programa de Adequação de Quadros (PAQ). Centenas de funcionários pelo país, incluindo Alagoas, estão perdendo funções, comissões e sendo transferidos de setor, quando não pressionados a se demitir, resultando esse quadro no apequenamento da função social e pública do BB.

O Sindicato também convocou o funcionalismo a reagir contra essa política de gestão, que busca preparar o banco para a privatização. "Esses senhores que estão no governo estão dispostos a tudo, e nós não podemos ficar em estado de letargia, apenas assistindo. Temos de lutar por nós mesmos, pelo colega do lado, por nossos filhos, por nossos netos, pelo Brasil e pelo conjunto dos trabalhadores", enfatizou o diretor Cícero Matheus.

Mais detalhes sobre a situação da Cassi podem ser obtidos nesta sexta-feira, a partir das 8h30, no prédio da Superintendência do BB. Representantes da Caixa de Assistência estarão em Maceió para apresentar números e tirar dúvidas dos associados.

Seec-AL

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