Sindicato mobiliza bancários do BB contra reforma estatutária da Cassi

No primeiro dia de votação para a reforma estatutária da Cassi, que começou nesta segunda-feira (24/09), o Sindicato esteve nas agências do Banco do Brasil para reforçar junto ao funcionalismo a campanha do voto NÃO. Durante a mobilização, que ocorreu em todas as unidades da capital, os diretores explicaram os prejuízos que serão causados aos associados caso a proposta do banco seja aprovada.

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"É uma reforma que não foi discutida com o corpo social e suas entidades, que onera o plano de saúde para os participantes, que reduz a contrapartida do patrocinador, que exclui pessoas, e que dá o controle da Cassi para o BB", disse o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos. Segundo ele, o Sindicato e demais entidades representativas dos funcionários não são contra ajustes para garantir o equilíbrio financeiro da Caixa de Assistência, mas esses ajustes têm que ser discutidos e negociados.

"Estamos orientando o voto NÃO para que o banco e a direção da Cassi, derrotados nesta consulta, chamem os associados e as entidades para negociar", disse Arivoneide Moraes, diretora do Sindicato e funcionária do BB. Ela considera estranho a pressa do banco para aprovar mudanças no estatuto e se adequar à resolução 23 da CGPAR, quando a própria resolução estabelece prazo de quatro anos para que haja as adequações.

"O pessoal da Caixa Econômica aprovou no Acordo Coletivo deles que as mudanças serão discutidas no prazo de quatro anos. Por quê o Banco do Brasil quer fazer tudo rápido, do seu jeito e atropelando todo mundo?", indagou a dirigente sindical. A votação para a reforma estatutária da Cassi vai até o dia 5, dois dias antes das eleições para a presidência da República, Senado e Câmara dos Deputados. "O banco está com medo de quem vencerá as eleições. Se for alguém que defende os bancos públicos, seus planos estarão ameaçados", completou Arivoneide.

A reação dos funcionários nas agências também é de repúdio a proposta de reforma estatutária da Cassi. Muitos abriram o sistema de votação do banco  (Sisbb) quando da passagem do Sindicato e manifestaram o voto NÃO. "Isto é muito bom. E precisamos fazê-lo da forma mais ampla possível, para que o banco e a Cassi sejam forçados a abrir discussão e negociação", observa Márcio dos Anjos.

Na visita às agências do BB, o Sindicato repudiou as pressões e o terrorismo que o banco vem fazendo para forçar os funcionários a votarem pela reforma do estatuto. "São ameaças e muitas mentiras", alertou Carlos Alberto, diretor do Seec-AL e funcionário do BB. Uma dessas mentiras, segundo ele, é de que a Secretaria Nacional de Previdência Complementar (Previc) irá intervir na Cassi, caso a reforma do estatuto não seja aprovada.

"A Previc nunca interviu em plano de saúde. O que pode acontecer é o banco, a Cassi e os associados serem chamados para resolver o impasse. E é isso que defendemos, discussão e negociação", disse o dirigente.

O Sindicato distribuiu com os funcionários do BB a mais nova versão do ESPELHO (informativo dos trabalhadores do banco). Ela analisa com detalhes a proposta de reforma estatutária do BB e da Cassi, além de apresentar as sugestões das entidades. O material também está sendo enviado aos aposentados e funcionários do interior (Clique aqui para baixar a versão digital do ESPELHO).

Fonte: Seec-AL



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