Assédio moral e metas abusivas infernizam funcionários do Santander

Sindicato está de olho e cobra providências à diretoria do banco

O ar está irrespirável e o trabalho impraticável nas agências do banco Santander em Alagoas, tamanhas são a pressão e o assédio moral exercidos pela Superintendência Regional sobre os funcionários. A cobrança por resultados inatingíveis, com aumento descontrolado das metas no meio do caminho, tem adoecido vários bancários, que são afastados forçosamente do trabalho para tratamento de saúde.

Não bastassem as cobranças dentro das agências, os funcionários ainda são cobrados por whatsapp, muitas vezes em horários inadequados e absurdos, como das 6h00 às 7h30 e após às 18h00. Com o aumento das metas no meio do caminho, ninguém sabe como vai terminar o mês, o que provoca nos trabalhadores forte sensação de insegurança.

"Pelas denúncias que recebemos, o ambiente no banco não é mais de trabalho. É de competição e tortura", relata José Aragão, diretor do Sindicato e funcionário do Santander. Segundo ele, o nível de espoliação e desrespeito contra os trabalhadores chegou a tal ponto que só uma greve no banco pode superar tudo isso.

"O Sindicato está acompanhando de perto e atuando contra as arbitrariedades. Recentemente, acolhemos uma grave denúncia de assédio moral e exigimos solução da diretoria do banco. Felizmente, o desfecho foi favorável. Agora, estamos acompanhando outro caso, e dando assistência à pessoa", afirmou Aragão.

Além do assédio e das metas absurdas, a gestão do ponto eletrônico durante os jogos da Copa do Mundo é outro ponto que preocupa os funcionários. Segundo denúncias, muitos podem ser prejudicados. "Essa questão também está sendo averiguada pelo Sindicato", disse o diretor do Seec-AL.

Fonte: Seec-AL

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