Bancários se unem a outras categorias contra a Reforma da Previdência

Categoria ainda alerta para a manobra da intervenção militar no Rio de Janeiro, usada para dar tempo ao Governo Federal de buscar apoio à reforma

Os bancários se uniram a milhões de trabalhadores de todo o Brasil, das mais diversas categorias, para protestar contra a reforma da Previdência e a retirada de direitos, ontem (19). A manifestação foi convocada pelas centrais sindicais.

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"Os bancários em todo o Brasil atenderam ao chamado das centrais sindicais e amplificaram as manifestações contra a reforma da Previdência. Atos, atrasos de abertura de agências, paralisações, panfletagens, greve. Tudo somou para dizer aos parlamentares que a voz das ruas já decretou o fim da reforma da previdência. Se os deputados e senadores insistirem em votar, o povo vai lembrar deles em outubro. Não voltarão", declarou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Sem apoio, o governo ilegítimo de Michel Temer segue com suas tramoias. A mais recente, a intervenção militar no Rio de Janeiro, que poderia ser suspensa a qualquer momento, caso Temer visse condições de votar a reforma que acaba com a aposentadoria pública.

Para o presidente da Contraf-CUT, mais uma vez o governo golpista responde às duras contradições da sociedade brasileira com uma solução equivocada, teatral e oportunista. "O apelo geral por segurança e paz não pode ser atendido por uma intervenção militar paliativa e que só apresenta soluções de curto e médio prazo. Além, disso, usa novamente as Forças Armadas que, nas várias intervenções na segurança no Rio (ocupação do Complexo do Alemão e Maré em 2007 e 2010, segurança para visita do Papa Francisco em 2013, segurança das Olimpíadas e ocupação da Rocinha em 2016), teve papel importante conjuntural, mas imediatamente após o fim da intervenção a situação insegura retornou."

Ele acredita que o governo mascara o que o Rio de Janeiro e o Brasil precisam, na verdade, de que é uma intervenção social com conteúdo de políticas públicas que gerem empregos e renda, que tragam educação e saúde para o povo. "Esta intervenção foi feita sob a evidente desconfiança quanto ao seu objetivo e eficácia, parecendo mais ser instrumento de afastamento da opinião pública do tema da reforma da previdência. Não traz nenhuma proposta de inteligência, de planejamento ou reequipamento necessários para o combate ao crime organizado. Não é uma medida transformativa nem propõem mudanças estruturais nas policias. É maquiagem, assusta a população trabalhadora e faz uma péssima sinalização para a livre expressão dos movimentos sociais. Tem caráter improvisado e, considerando as declarações de que pode ser suspenso para permitir a votação da PEC da reforma da Previdência, escancara suas reais intenções. Lamentamos que assunto de tão profunda importância seja usado para esconder ataques aos direitos dos trabalhadores", completou Roberto von der Osten.

Fonte: Contraf-CUT

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