Comitê define ações para defesa da Caixa pública em 2018

Entre as iniciativas previstas para o ano estão a elaboração de carta-compromisso aos candidatos que concorrerão às eleições de outubro

Os representantes do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas reunidos, na quarta-feira (7), na sede da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), em Brasília, definiram série de ações para ampliar e fortalecer a luta pelo banco público.

Entre as iniciativas previstas para o ano estão a elaboração de carta-compromisso aos candidatos que concorrerão às eleições de outubro, vinculando a manutenção da Caixa ao desenvolvimento do Brasil; divulgação da campanha 'Defenda a Caixa você também' com a presença de personalidades e denúncias sobre as intervenções do Ministério da Fazenda na gestão da instituição, já que agora, com o novo estatuto, questões como acordos coletivos, PLR, contratações e Saúde Caixa passam a ter que ser aprovadas pelo Conselho de Administração, majoritariamente composto por integrantes desta Pasta.

"A defesa da Caixa precisa estar vinculada à defesa da democracia", afirmou a coordenadora do comitê, Rita Serrano, que também é representante dos empregados no CA do banco e diretora da Fenae. Ela ressaltou, ainda, que a sobrevivência da Caixa em um futuro próximo vai depender da situação política do País e de um projeto de governo.

Dentro dessa perspectiva, foi aprovada ainda a realização de um ato ou seminário em defesa da Caixa dentro do Congresso Nacional, buscando assim unir a luta pela manutenção do banco 100% público com a defesa da democracia, da cidadania e da justiça social. Na avaliação dos participantes do encontro, seja qual for a conjuntura predominante no País, o caráter 100% público da Caixa Econômica precisa ser reafirmado cada vez mais.

Balanço

Num balanço das ações promovidas pela campanha "Defenda a Caixa você também", os integrantes do comitê consideram produtivos os resultados até então obtidos. Nessa etapa de intensificação, o foco central será a valorização dos empregados do banco, associado ao cenário eleitoral de outubro, com uma proposta de plano de governo preocupada com a democracia brasileira.

Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, a falta de empregados é um problema crônico que tende a se agravar com o enxugamento cada vez maior da empresa. "A mobilização pela contratação de mais empregados é uma estratégia que anda de braços dados com a manutenção da Caixa 100% pública e com a luta contra os ataques às empresas estatais e aos bancos públicos", pontuou.

Além de Rita e Jair, participaram da reunião do comitê a representante da Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef) e diretora da Fenae, Marlene Dias; o diretor de Relações Institucionais da Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa (Fenag), Marconi Apolo; o presidente da Associação Nacional dos Engenheiros e Arquitetos da Caixa (Aneac), Fernando de Carvalho Turino e a diretora de Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Fabiana Uehara. 

Fonte: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas

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