Sindicato protesta em agências do Itaú contra implantação da reforma trabalhista

Seguindo orientação e agenda de luta do Comando Nacional dos Bancários, o Sindicato realizou nesta quinta-feira (1º) diversas manifestações em agências do Itaú, para protestar contra a implantação unilateral e autoritária de dispositivos da reforma trabalhista. Tais dispositivos, anunciados pelo banco sem negociação e ferindo a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), mereceu a reação imediata dos trabalhadores em todo o país, resultando em um dia de mobilização e paralisação.

Os protestos em Alagoas se concentraram nas agências do centro de Maceió. Diretores do Seec-AL, portando faixa e alertando os funcionários, condenaram a atitude do banco, que não quer mais homologar demissões com a tutela do Sindicato. Outra medida pretendida pela empresa é parcelar e definir as datas das férias, o que também pode gerar prejuízos ao trabalhador.

"Imagine o bancário demitido sem o acompanhamento do advogado do Sindicato. Como ele terá respaldo para conferir os valores da indenização e se seus direitos estão sendo cumpridos?", indaga Juan Gonzalez, presidente em exercício do Seec-AL. Segundo ele, apesar da reforma administrativa ter entrado em vigor, muitos dos seus itens têm que ser negociados, ainda mais no caso dos bancários, cuja Convenção Coletiva de Trabalho tem vigência até 31 de agosto.

"Não aceitaremos pressão, nem rolo compressor. Se for preciso, iremos à greve", acrescentou o dirigente sindical. Ele avalia que as medidas sobre homologação de rescisões e parcelamento de férias são apenas o começo de uma série de maldades preparadas pelo Itau, cujo objetivo é retirar direitos e fragilizar o trabalhador.

O diretor jurídico do Sindicato e funcionário do Itaú, Cláudio Gama, alertou os funcionários para a necessidade de se mobilizarem e partirem para a luta, uma vez que, encerrada a vigência da Convenção Coletiva de Trabalho, em 31 de agosto, o banco vai querer retirar conquistas. "A reforma trabalhista acabou com a ultratividade das convenções e acordos coletivos. Muitos direitos que constam neles, para serem mantidos, têm que ser reafirmados e assinados até a data-base da categoria", explicou.

Por esse motivo, a campanha nacional dos bancários em 2018 será mais cedo, para forçar a Fenaban e os bancos públicos a assinarem a CCT antes de 31/08.

Fonte: Seec-AL    

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