O novo bônus da Caixa ameaça a PLR

A Caixa definiu, de forma unilateral, as regras para o pagamento de bônus, que discriminam os empregados. Diferentemente da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e da PLR Social, que remuneram todos os bancários, o novo pagamento beneficia apenas gerentes, superintendentes, coordenadores e supervisores. 


A PLR, um resultado da mobilização dos trabalhadores e das entidades sindicais, como o Sindicato dos Bancários da Bahia, passou a ser paga pela instituição em 2004, seguindo a regra dos demais bancos. Desde 2001, a empresa distribui 4% do lucro líquido entre todos os empregados. A PLR Social leva em consideração funções sociais da Caixa como o atendimento à população.  


Ano após ano, a Caixa ameaça a PLR e demonstra querer acabar a PLR Social. Com o novo bônus, o banco deixa claro o intuito de dividir os empregados e desvalorizar grande parte dos bancários que trabalham diariamente para dar lucro à empresa. Estão excluídos, funcionários que ocupam funções gratificadas como auxiliar de atendimento, assistente e caixa. 


Além da venda de produtos, o Bônus Caixa considera aspectos da rotina de trabalho, a exemplo da economia de horas extras nas agências. A instituição, inclusive, foi denunciada no Ministério do Trabalho por registro irregular, uma vez que os empregados são pressionados a continuarem trabalhando sem registrar o período a mais trabalhado no ponto. 


O bônus abrange o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2017. A apuração para efeito de pagamento acontece após a divulgação oficial do resultado operacional de 2017. O movimento sindical cobrou da Caixa, através de ofício, a suspensão do programa em 1º de dezembro. O banco, no entanto, não deu resposta.

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