Sindicato repudia pressão do Santander para impor banco de horas semestral

Mal entrou em vigor a famigerada 'reforma' trabalhista (Lei 13.467/17), o Santander já lançou suas garras para aumentar a exploração dos funcionários e lucrar com a precarização do trabalho. Denúncias dão conta de que o banco estabeleceu o banco de horas semestral, previsto na nova legislação, e que exige por escrito a aquiescência do empregado.

O Sindicato esclarece que, apesar desse tipo de banco ser possível e a lei autorizar o acordo individual por escrito, ninguém é obrigado a assinar. O Santander não pode exigir dos funcionários que acessem qualquer sistema para autorizar antecipadamente a compensação de horas semestral.

O departamento jurídico do Sindicato está atento às manobras do banco espanhol e vai atuar com seus parceiros da área jurídica para evitar toda e qualquer ilegalidade contra os trabalhadores. Vale lembrar que está em vigor uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que só se expira em 31 de agosto de 2018, e cujo banco de horas é anual. A Contraf-CUT e o Comando Nacional dos Bancários também estão sendo acionados.

"Os bancos sempre defenderam a reforma trabalhista e não esperavam a hora de ela vigorar. O Santander, um dos defensores mais ferrenhos, é o primeiro a querer se aproveitar", destaca José Aragão, diretor do Sindicato e funcionário do banco. Ele orienta os funcionários a denunciarem qualquer pressão para aderir ao acordo individual de compensação, seja falando com os diretores do Sindicato, seja utilizando o telefone, e-mail ou site da entidade. O sigilo é garantido.

Seec-AL

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