Trabalhadores ocupam ruas do Centro para rejeitar e repudiar a "Reforma" Trabalhista

Bancários paralisam agências e reforçam manifestação no Dia Nacional de Luta

Trabalhadores de diversos ramos profissionais e representantes de entidades sindicais, além dos movimentos sociais, ocuparam as ruas do centro de Maceió nesta sexta-feira (10) para protestar contra a perda de direitos provocada pela "reforma" trabalhista, que entra em vigor amanhã. Organizado pela CUT e outras centrais sindicais, o movimento exigiu a revogação da lei aprovada pelo Congresso Nacional e que altera mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

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O Dia Nacional de Paralisação e Mobilização contra a "reforma" trabalhista começou com o fechamento, por parte dos bancários e vigilantes, das agências bancárias da Rua do Sol, corredor financeiro da capital alagoana. O atendimento ao público ficou suspenso até às 11 horas, momento em que a marcha dos trabalhadores passou pelo local. Diretores dos dois  sindicatos saíram da frente das unidades e seguiram a passeata, reforçando a mobilização.

"Não poderíamos deixar de apoiar e se engajar nessa atividade, que registra o repúdio dos trabalhadores e da população contra a 'reforma' golpista, cujo objetivo é precarizar as relações de trabalho, retirar direitos e escravizar quem produz", disse o presidente do Seec-AL, Márcio dos Anjos. Ele lembrou a pesquisa do instituto Vox Populi divulgada ontem (8), que aponta a rejeição da 'reforma' trabalhista por 81% da população.

Além de paralisar agências bancárias e engrossar a manifestação desta sexta-feira, o Sindicato aproveitou a oportunidade para divulgar a Campanha em Defesa dos Bancos Públicos, denunciando com faixas e pronunciamentos a política de desmonte implantada pelo governo no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil, entre outros. O objetivo, segundo a entidade, é privatizar as instituições financeiras, acabando com seu papel social e de fomentadoras do desenvolvimento.

Cada categoria que participou da manifestação desta sexta-feira tinha um 'rosário' de queixas contra o governo, em face de medidas tomadas pelo Planalto que atingem fortemente os trabalhadores, empresas, órgãos públicos, o patrimônio e a soberania nacional.

O ponto de partida dos protestos foi a Praça Sinimbu, onde os manifestantes se concentraram desde o início da manhã. A marcha realizada em seguida coloriu com faixas e bandeiras as ruas que circundam o centro comercial de Maceió, com os manifestantes gritando "Não à retirada de direitos", "Não à barbárie", "Fora Temer!".

Seec-AL                     

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