Agência bancária no Sertão reabre um ano após assalto

Clientes do Banco do Brasil da cidade de Pão de Açúcar voltaram a utilizar o autoatendimento ontem, após mais de um ano em que a agência ficou fechada em decorrência de um assalto. Moradores de outras localidades do Alto Sertão alagoano, cujas agências também foram assaltadas, ainda esperam por soluções semelhantes.

É o caso de agências bancárias nas cidades de Mata Grande, São José da Tapera, Água Branca, Campo Grande e Major Izidoro, que permanecem sem o serviço. O Sindicato dos Bancários de Alagoas tem buscado resolver o problema junto aos bancos e à Secretaria de Segurança Pública (SSP), mas o impasse permanece, sem previsão de solução.

De acordo com o presidente do sindicato, Márcio dos Anjos, a entidade se reuniu, na semana passada, com autoridades de segurança pública para buscar saídas. A princípio, revela, os esforços foram para reabrir a agência do Banco do Brasil de Mata Grande, fechada também após assalto com explosão dos terminais de autoatendimento.

"Os bancos, que têm o interesse de manter as agências fechadas, notadamente os públicos, dizem que somente reabrirão caso a SSP construa Centros Integrados de Segurança Pública (Cisps) nas cidades. No caso de Mata Grande, o secretário Domingos Lima Júnior assegurou que a localidade Reabertura de agência beneficia população de Pão de Açúcar e região deve ser contemplada, sem definir uma data. O problema é que os bancos deixam de investir na segurança, com a contratação de vigilantes, câmeras, portas giratórias com detectores. Ganham bilhões e não querem investir em segurança", criticou Márcio dos Anjos.

Segundo ele, o sindicato está fazendo um cadastro nacional para identificar as agências que permanecem fechadas após assaltos. "Queremos evitar que sejam desativadas. Lutamos em defesa dos bancos públicos e estamos trabalhando para que todas sejam reabertas", reforçou o sindicalista.

Na prática, quem mais sofre com o fechamento das agências são trabalhadores, aposentados e pensionistas, além de assistidos com programas sociais, como o Bolsa Família. "Foi travada uma guerra com a instituição bancária, envolvendo sindicatos, gestão municipal, vereadores, comerciantes e imprensa local para que os serviços fossem normalizados", comemorou o blogueiro Fagno Pinto.

Fonte: Marcelo Amorim —; Gazeta de Alagoas

Foto: Fagno Pinto —; Cortesia

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