Sindicato fecha BNB na Jatiúca e cobra solução de pendências

Diretores do Sindicato fecharam nesta sexta-feira (24) o prédio do BNB na Jatiúca, onde funcionam o setor jurídico, a central de analises de projetos e a Gerência de Reestruturação de Ativos. A paralisação foi para protestar contra vários problemas que afetam os funcionários e exigir a solução das demandas.

Entre as reivindicações apresentadas estão melhores condições de trabalho, a promoção de nível dos analistas e técnicos, o cancelamento da troca entre a GERAT e a sala dos aposentados, a reforma da agência em Mata Grande e transparência nas negociações da PLR.

Várias destas pendências já tinham sido conversadas com os gestores do banco, mas, apesar das cobranças, elas não foram resolvidas. Diante do descaso com os trabalhadores, não restou alternativa ao Sindicato a não ser intensificar a mobilização e paralisar a unidade da Jatiúca.

"Estamos vigilantes. Não vamos deixar que essa situação se prolongue. Vamos defender os colegas em todos os momentos. Não vamos admitir que a direção do banco fique postergando problemas que já deveriam ter sido resolvidos" , destaca Thyago Miranda, diretor do Sindicato e funcionário do BNB.

ENTENDA AS REIVINDICAÇÕES

Promoção de nível dos analistas e técnicos - Desde maio do passado a diretoria do BNB proibiu as mudanças de nível, mesmo com os funcionários apresentando todos os requisitos exigidos pela instituição. A direção já deu três prazos para efetivar as promoções e não cumpriu nenhum deles. Tal postura é um imenso desrespeito com os empregados, uma vez que o banco apresentou lucro de R$ 732 milhões em 2016, sendo o segundo maior da sua história.

Cancelamento da troca entre a Gerência de reestruturação de ativos e a sala dos aposentados - O banco pretende transferir a sala dos aposentados (localizada no centro da cidade) para o prédio da Jatiúca. De acordo com Alexandre Timóteo, diretor do Sindicato, a intenção do banco não tem cabimento, visto que na sala do Centro os aposentados, além de terem facilidade para pagar suas contas, aproveitam a proximidade com o comércio para resolver outras pendências. “;A sala é bem mais aproveitada e produtiva para os colegas no Centro, pois eles a utilizam como apoio para essas atividades. Não podemos deixar que esse ponto de apoio seja retirado deles”;, enfatiza.

Reforma da agência de Mata Grande - Bancários e clientes daquela unidade sofrem com o ambiente insalubre, onde há infiltrações e risco de desabamento de partes do teto. É uma realidade que não condiz com as propagandas do banco e que exige uma intervenção imediata.

Reforma na agência Jatiúca —; Está sendo feita com os funcionários trabalhando, o que torna o ambiente insalubre, perigoso e com riscos de acidentes. Há fios expostos, e uma porta quase caiu por cima de uma colega.

Falta de transparência na questão da PLR - O balanço apresentado pelo banco foi de apenas R$ 43 milhões para o pagamento da PLR, mas os cálculos levantados pelas entidades do funcionalismo apontam quase o dobro, com patamar de quase 12% de lucro líquido, totalizando R$ 732 milhões em 2016.

Para o presidente do Sindicato, Jairo França, essa prática do banco não é novidade e o Sindicato está ciente das tentativas mascaradas da empresa. "Estamos calejados com essa prática vergonhosa. Basta de tentar maquiar para pagar um valor menor do que é devido a título de PLR. Todos nós repudiamos essa atitude desonrosa e exigimos transparência e ética no pagamento do benefício, que é direito adquirido. Caso não ocorra o pagamento, o Sindicato irá promover ações que forcem o banco a cumprir esta obrigação integralmente", afirmou. 

O Sindicato poderá fazer novas paralisações para pressionar o banco a atender as reivindicações da base.

Fonte: Seec-AL

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